segunda-feira, 29 de julho de 2013

Espanha: Arcos de La Frontera & Ronda



Depois de uma noite em Jerez de La Frontera segui para Arcos de La Frontera, uma cidadezinha no topo de um penhasco, com ruas estreitas.
 
Vocês não entendem, as ruas eram tão pequenas que mal passavam um carro por vez. Se tivesse carro passando, o pedestre tinha que se encolher na escadaria de alguma casa. Para vocês terem ideia eu estava com minhas duas mochilas, e um carro parou no meio do caminho. Eu fiquei 5 minutos esperando o dono do carro voltar, pois eu não podia passar com as mochilas.

A vista da cidade é linda, e a igreja de Santa Maria construída entre os séculos 16 e 18 vale uma visita. Outros pontos turísticos aqui são: Castillo de Arcos – castelo construído no século 15. A prefeitura, convento de Santo Agustin, igreja de São Pedro, Igreja de São Francisco e Igreja da Caridade.
 
Arcos de La Frontera e Ronda (cidade para qual segui) fazem parte das White Towns da região de Cadiz e Málaga. White towns são as cidades brancas, construídas em um modelo africano, com ruas estreitas e todas as casas pintadas de branco.

Acabei ficando só 2 duas horas em Arcos, pois não havia muito mais para se fazer. Eu estava cansada também. Subir sei lá quantos metros de morro e escada, com mochila nas costas eh um tanto exaustivo.


Ronda 


Ronda é um encanto. 

É em Ronda onde grande parte das touradas acontecem, aqui está a mais antiga praça de Touros da Espanha e foi casa de Pedro Romero, considerado o pai das touradas. Acabei não entrando na arena e me arrependi, o sol estava muito forte. Aqui é muito importante se manter hidratado, há fontes de água pela cidade. Pertinho da Praça dos Touros está o Alameda, um parque que tem uma vista panorâmica linda do resto do vale. 

A Ponte Nova, com mais de 100 metros de altura, finalizada em 1793 impressiona. Andando pela cidade antiga onde há várias vielas, e também a igreja de Santa Maria Maior e o Palácio de Mondragon. 



Bom Ronda também esta no topo de uma montanha de pedra. A vista da região é deslumbrante. A cidade foi literalmente construída em duas pedras diferentes no topo de um morro, ambas ligadas por uma rede de pontes. Para quem gosta de Ernest Hemingway (eu gosto, O Velho e o Mar é um dos meus livros favoritos) Ele diz: "tem uma cidade que é melhor que Aranjuez para ver sua primeira tourada e é Ronda. Essa é a cidade que você deve ir se você algum dia for à Espanha em uma lua de mel ou se você estiver com alguém." Duvidei por alguns momentos da euforia de Hemingway pela cidade, mas confesso que ele tem razão. Quer dizer, não sei tanto pelo lado romântico, mas por todo o aspecto da cidade. Simplesmente LINDA.


Percalços do transporte: Compre uma passagem de trem e termine sua viagem de ônibus. Eu já havia lido que os trens na Espanha eram digamos, meio lentos, e que em muitos percursos o ônibus seria mais rápido. Porem de Ronda para Granada resolvi pegar o trem - primeiro porque havia uma linha, segunda porque achei o ônibus caro. Comprei a passagem para 17:35 hrse fui pegar o trem. O trem porém não apareceu antes das 18:10. Porém uma vez dentro do trem, ele começou a se mover - primeiro para frente e depois para traz!!!!!!! Não dei muita atenção, mas quando olhei pela janela, adivinhem? Eu ainda estava parada em Ronda. E isso já tinha se passado ao menos mais 30 minutos. O cobrador do trem aparece, e já havia me dito que se eu tivesse indo para Granada teria de trocar de trem em Bonbadillo. Mas onde eu trocaria se o trem nunca partisse? Volta o cobrador e diz, “vocês podem todos descer do trem se quiserem para fumar um cigarro ou comer algo”. Explicação "só ha uma linha de trem, temos que esperar o próximo trem sentido Algerias descer, para podermos subir." Nisso se passariam mais 30 minutos. O trem sairia às 19 horas. Ele voltou para explicar que em Bombadillo pegaríamos um ônibus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Como assim? Só tem uma linha de trem, e desse jeito vocês não chegariam em Granada antes das 10 da noite. Então subimos para o ônibus, algumas pessoas seguiram para outro destino de taxi (pagos pela companhia de trem). A essa altura vocês podem imaginar o arrependimento de não ter pagado o ônibus logo de cara.


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