quarta-feira, 25 de setembro de 2013

EUA: Washington D.C.

Quando começamos a planejar a viagem para Nova York, decidimos que queríamos conhecer algumas cidades próximas, e Washington D.C. estava na lista, por ser a capital dos Estados Unidos. É possível fazer um passeio de um dia, toda a pé, visitando as principais atrações da cidade, porém um pouco corrido. Se eu tivesse um dia a mais, teria passado a noite por lá.


Porém se você só tiver 6 ou 7 horas émelhor concentrar sua visita na região do Capitólio, National Mall e a Casa Branca. É possível economizar tempo e comprar ingresso para aqueles ônibus turísticos de dois andares, o tour Patriot que cobria vários pontos interessantes e mais distantes por 24 horas e custava 35 dólares. Confesso que não sou super fã desses ônibus porém em alguns locais são ótimos, pois você consegue ver vários pontos usando o percurso turístico e eles tendem a te deixar na frente da atração enquanto se fosse tentar fazer de transporte público ou táxi levaria mais tempo. O metro tem opção de passe ilimitado de um dia por 14 dólares.

Começamos nosso passeio na Union Station, de onde seguimos para o Capitólio, e nesse pequeno percurso de 5 minutos você encontra tanta polícia. E como todos sabem segurança nos Estados Unidos é levado a sério, aqui então ainda mais, desse modo é importante não fazer nenhum tipo de graça enquanto estiver na área de prédios governamentais.

A vista que você tem da parte de trás do Capitólio já mostra quão imponente a construção é. Aqui no Capitólio é onde está o Congresso Americano, e também há um museu de arte americano e outras exibições de documentos que fazem parte da história daquele país. Você pode reservar seu tour pelo Capitólio online, o tour é de graça, mas tem de ser reservado antecipadamente. Se você não for em alta temporada você pode tentar conseguir entrar no "same day tour" ou seja sem reserva no dia que você estiver por lá, mas dependerá dos horários que há disponível, isso se tiver algum. Desse modo, se você terá somente algumas horas em Washington D.C. reserve com antecedência. Me arrependi de não ter feito isso.

Mas logo que cheguei no Capitólio, tive um pequeno incidente. Eu gosto muito de tirar fotos com um pequeno tripé apoiado em todas as coisas. Bom, fui apoiar meu tripé e minha câmera caiu e quebrou. Total desastre! Sorte que meu marido tinha a câmera dele também. Mas imagine a choradeira? Nessa hora até esqueci de tentar entrar no Capitólio, e acabamos seguindo para um dos prédios da Biblioteca do Congresso.


A Biblioteca do Congresso é hoje a maior biblioteca do mundo, e engloba 3 prédios e é a mais antiga instituição cultural dos Estados Unidos. Você pode fazer um tour de 1 hora gratuito (não precisa de reserva) no Jefferson Building, parte de um dos três prédios da Biblioteca do Congresso. O prédio é maravilhoso por dentro, com afresco de tirar o fôlego. No dia que fui a sala de leitura principal estava fechada, pois havia algum grupo de pesquisa, então só pude ver tudo da janelinha.

De lá descemos pela Independence Avenue até a frente do Capitólio e seguimos para a Madison Dr, para a área que é conhecida como National Mall que vai até o Monumento de Washigton onde estão 10 museus parte da coleção do Smithsonian Institute.

Seguimos para a Galeria Nacional de Arte, na frente está o Jardim das Esculturas, um lugar repleto de esculturas bacanas, e tem ainda o Pavillion Café, aberto durante o ano inteiro, pode ser uma boa parada para comer alguma coisa e apreciar o jardim.

Depois fomos para o Museu Nacional de História Natural, parte do grupo de museus Smithsonian. Não fiquei muito tempo, mas logo na entrada tem um elefante bem legal. Andamos um pouco pela área de dinossauros e animais marinhos. O legal é você ver uma área onde os cientistas estão pesquisando um pouco mais sobre os fósseis encontrados por lá.



Logo depois deste museu tem o Museu Nacional de História Americana e ainda naquela área já no fim da Madison Dr está área do Museu Nacional de História Afro Americana e Cultura, que é esperado para 2015. Ali você já está do lado do Monumento de Washington, que infelizmente estava em reforma enquanto estive por lá devido a danos causados por um terremoto a estrutura. O monumento é o mais alto de Washington D.C. , e ainda a estrutura de pedra mais alta do mundo e o obelisco mais alto do mundo.

O Monumento de Washington, construído em homenagem a George Washington fundador da república americana pode ser usado como um localizador. Ao norte dele está a Casa Branca, ao Sul está o Tidal Basin e o memorial de Thomas Jefferson, ao leste o Memorial de Lincoln (um prédio imenso em homenagem a Abraham Lincoln salvador da república, construído no modelo do templo de Zeus na Grécia) e ao oeste o Capitólio, centro da república.


Do Monumento de Washington até a Casa Branca há uma longa área verde, se você subir na direção da Casa Branca pela 15thSt NW você vai passar várias barraquinhas vendendo souvenirs com bons preços incluindo camisetas, agasalhos, chaveiros e etc. Há também refrescos e alguns snacks. No fim da rua está o Centro de Visitantes da Casa Branca, aqui eles passam um filminho e vendem souvenirs da Casa Branca.

A visão mais perto da Casa Branca é pela parte Norte, para isso você terá de dar a volta no prédio do Departamento do Tesouro Americano. Para quem quer visitar o interior da Casa Branca você tem de agendar a visita pelo website deles, porém no momento todos os tours estão suspensos.

Descemos de novo pela 15th St NW/SW até o Memorial de Thomas Jefferson no Tidal Basin (ou Bacia das Marés). Para quem não sabe Thomas Jefferson é considerado um dos pais dos Estados Unidos, foi o terceiro presidente do país e autor da Declaração da Independência.

Aqui você encontrará trechos da Declaração da Independência escrito em 1776 e uma das frases famosas de Jefferson em carta para o Dr. Benjamin Rush em Setembro de 1800: "Eu tenho juramento sobre o altar de Deus hostilidade eterna contra qualquer forma de tirania sobre a mente do homem" ("...I have sworn upon the altar of god eternal hostility against every form of tyranny over the mind of man").

A Tidal Basin é uma lagoa artificial que recebe água das marés, e é imenso, tem até tem uma casa de barcos, onde se você ainda tiver pique alugar um barco para aproveitar a vista. No calorzão que fazia queríamos entrar no lago ou ficar na sombra. Subimos a 15th St SW de novo, passando na frente do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos até chegar na Jefferson Drive.

A Jefferson Drive segue até o Capitólio passando pelo Castelo do  Smithsonian Institute, Museu Nacional do Aéreoespacial e Museu Nacional do Índio Nativo Americano. Já estava tarde tínhamos que voltar para a Union Station para pegar o ônibus de volta para Nova York. Como eu disse anteriormente, Washington D.C., merece mais do que 6 ou 7 horas, pois há muitos museus fantásticos por lá, a cidade em si é bem bonitinha também. Mas essa vai ficar para a próxima.

No geral é um passeio de um dia é bem barato, já que os museus são todos de graça, e são todos pertinhos, você vai gastar somente com alimentação, porém prepare-se para andar já que a distância do Capitólio até o Memorial Lincoln - começo e fim da região do National Mall tem em torno de 3.5 km. E do Monumento de Washington até a parte Norte da Casa Branca são outros 1.5 km.

Fomos para Washington D.C. de Megabus por ser mais econômico. Levou cerca de 4:20 hrs e custou $40 ida e volta por pessoa, para quem organiza tudo com bastante antecedência, o Megabus tem promoções de $1 a passagem. Havia outras opções de ônibus também e o trem (Amtrak). Como sou uma viajante "on a budget" eu sempre tento escolher a opção mais barata, desde que não tenha um impacto muito negativo em tempo e conforto. O trem embora demorasse um pouco menos custava mais, desse modo escolhi o MegaBus. Essa empresa tem um misto de opiniões positivas e negativas de outros viajantes, e como de costume eu só posso contar a minha experiência, já que usei o serviço duas vezes, para ir a Washington D.C. e Filadélfia.

A viagem foi bem tranquila e chegou no horário esperado na Union Staion, já na hora de ir embora o ônibus atrasou 30 minutos, saindo da mesma estação. Aliás, a Union Station tem shopping centre, com lojas e uma praça de alimentação. Vale a pena comprar água e outras bebidas (não alcoólicas) e algum lanchinho para a viagem já que o ônibus não para em nenhum outro lugar que você terá acesso a essas coisas.  Nesse trajeto o serviço para Washington faz uma parada em Baltimore só para pegar passageiros, ninguém desce. O ônibus tem internet wi-fi e banheiro, e um ar concionado bem forte - então traga uma blusa.

Para quem quiser passar a noite por aqui uma cama em quarto dormitório varia entre 20 e 50 dólares e você acha quarto para duas pessoas por algo em torno de 100 dólares por noite. De uma olhada no hostelbookers.com, que é geralmente onde reservo minhas acomodações.

Reserve o tour no site do Capitólio: http://www.visitthecapitol.gov/
Informações para tour na Casa Branca: http://www.whitehouse.gov/about/tours-and-events

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Viajando sozinho, com amigos ou com parceiro

Muita gente sempre me perguntou como é que eu viajei sozinha pelo mundo se não tinha medo, se acabo conhecendo pessoas e milhões de outras coisas.

A verdade é que mesmo quando viajei sozinha, sempre acabei fazendo novas amizades, algumas dessas espero durar pela vida toda. Outras foram ótimas companhias durante aquele período do passeio.

Este é um post super pessoal, onde vou apresentar para vocês minhas companhias de viagem, incluindo meu marido e meus amigos.

Muita gente vê a estádia em albergue/hostel como um lugar para se fazer festa, beber um monte, ficar com um estrangeiro, entre outras coisas. Eu nunca em 10 anos de mochilões tive essa percepção desse modo sempre que possível tentei a todo custa evitar esses albergues-festas, já que não faz meu estilo. Você não precisa fazer festa para conhecer pessoas legais.

Quando você está viajando sozinho, você normalmente se abre mais para novas amizades. Você vai tomar café da manhã no albergue e acaba conhecendo outros viajantes, pois ali já rola uma conversa que começa com um cordial bom dia. Ser educado já é um grande primeiro passo. Em outros casos você acaba conhecendo as pessoas ali no quarto mesmo, onde todo mundo quer saber de onde o outro é, há quanto tempo está viajando, se já foi em determinado lugar e assim por diante. Dividir mapas, dicas e guias também é um bom passo para fazer novas amizades.

Enquanto no quarto, se você ver seu novo amigo quieto, lendo um livro ou tentando descansar, respeite o espaço dele. E se a pessoa te convidar para algum passeio, vá pois você pode acabar tendo uma experiência que não teria se não tivesse feito o novo amigo. Obviamente seu companheiro de quarto pode rapidamente se transformar no seu inimigo caso seja barulhento e não respeite os outros. Daí pode dar até confusão. No fim das contas se você está viajando sozinho e se encher daquelas pessoas que inicialmente pareciam ser super legais nada te impede de seguir um caminho diferente, e esse é o o beneficio de estar viajando sozinho, você pode fazer o que bem entende.

Muitas vezes eu fiz viagens de um dia ou passeios com pessoas que conheci nos albergues. As vezes você mantém contato e as vezes não, talvez o fator determinante aqui seja afinidade.


Com a Nancy em Times Square
Recentemente fui com meu marido a Nova York, onde revi uma amiga que eu havia conhecido em um ônibus no Camboja em 2011, a Nancy. Engraçado que a conheci em uma situação inusitada, estava saindo de Siem Reap, em algum ponto daquele trajeto até a rodoviária perdi meu brinco, e nossa perder brinco me deixa de mal humor. Ela tinha acabado de sentar ao meu lado no ônibus e eu estava olhando o chão. Claro que não achei mais o tal do brinco mas fiz uma grande amiga. Em 4 horas de jornada demos risada, conversamos sobre os mais variados tópicos, e quando chegamos em Phnom Penh como não tínhamos reserva em albergue nenhum, resolvemos dividir um quarto em albergue simples que achamos. Passamos 3 dias por ali até que eu segui viagem para o Vietnã, onde ela já havia estado e de Phnom Penh ela voaria para os Estados Unidos. Mantivemos contato, 1 ano depois ela estaria no Japão na mesma época que eu tinha comprado minhas passagens para lá, combinamos de nos encontrar mas no fim, por falta de grana, não pude viajar e perdi as passagens. Ainda tentamos outros planos de viagem incluindo Estados Unidos, já que ela era da Califórnia, mas não foi até ela conseguir um emprego em Nova York, e a chegada dos meus 30 anos que finalmente nos encontramos de novo em 2013.


Com a Wei em Pamukkale
Outra grande amizade que eu fiz foi a Wei, uma menina da Malásia que morava em Cingapura. Conheci a Wei quando chegava a Goreme, na Capadócia, Turquia em Outubro de 2010. Tinha feito uma viagem em um ônibus noturno onde sentei ao lado de uma canadense, conversamos bastante e ela me perguntou se eu tinha reserva em algum lugar, e eu disse que sim. Assim que chegamos a cidade fomos para o meu albergue. Ela inicialmente não gostou muito e acabou indo embora (mas voltou e se hospedou lá). Como cheguei cansada e com fome, perguntei se eu podia tomar o café da manhã que o albergue/hotel servia e parecia uma delícia (ovo, tomate, pepino, bolo, chá, pão..) e na mesa estava sentada a Wei. Conversamos bastante e ela disse que estava planejando ir embora naquele dia, mas já que eu e a canadense havíamos chegado, ela ia ficar mais. No fim a Wei ficou mais 4 dias, fizemos vários passeios eu, ela e canadense, e depois seguimos juntas para Pamukkale, em um ônibus noturno. Conseguímos poltronas para sentar juntas, mas não é que no meio da noite acordei com uma gritaria, o ônibus havia parado em uma rodoviária, a Wei desceu, e o ônibus estava partindo e deixando um monte de passageiros para trás inclusive a comissária de bordo. Tirando o susto, demos muita risada. Pamukkale em si não foi legal, mas fiz uma grande amiga. No fim daquela viagem ainda encontraria a Wei em Londres uns 2 meses depois, e fomos ao meu restaurante Chinês favorito. Exatos 8 meses depois do nosso primeiro encontro, segui para um mochilão pela Ásia, e me hospedei na casa da Wei em Cingapura 2 vezes - no começo e no fim da viagem. Lá ela me mostrou um pouco da vida na cidade e algumas comidas tradicionais. Mantemos contato frequentemente, e estamos sempre planejando alguma nova viagem.

Minhas outras companhias de viagem são Crystal, minha amiga australiana, e Kleiber, meu amigo brasileiro. Em ambos os casos nos conhecemos em Londres há quase 10 anos atrás, dividimos casa, quarto, trabalhamos nos mesmos lugares, e além das muitas histórias também viajamos juntos. Viajar com amigo não quer dizer que você não pode fazer amizades com outras pessoas, em alguns casos, você faz amizades e fica até mais fácil organizar tour para outras localidades, sair para jantar e etc.


Com a Crystal no Cairo
Minha primeira viagem com a Crystal foi para a Croácia, onde nos divertimos muito, e aprendi que uma viagem pode destruir amizades, porém com um pouco de flexibilidade tudo se resolve. O mais importante de viajar com os amigos é saber respeitar o tempo e o espaço deles. Nem todo mundo quer fazer a mesma coisa, e é importante ter intimidade para dizer para o outro "vai lá e eu vou ficar por aqui" e sem ficar ofendido ou bravo. Nós ainda fomos fazer um mochilão super maluco pelo Egito, Israel e Jordânia, e conhecemos uma garota alemã no Egito que seguiu viagem com a gente. Em certos lugares, um tem de segurar a barra do outro, pois você acaba passando cada aperto, e nessa viagem apertos não faltaram.


Com o Kleiber em Edimburgo
Já com o Kleiber fiz uma viagem maluca de Megabus pela Inglaterra e Escócia em 2006. Entrei meio de último minuto na viagem dele, sem nada organizado. Depois fizemos uma viagem pelo Peru e Bolívia em 2012, dessa vez bem mais organizado. E a essa altura por ambos sermos "mochileiros profissionais", foi bem bacana. Mas confesso que se ele não estivesse comigo no tour de 3 dias pelo Salar do Uyuni na Bolívia, acho que a experiência teria sido super negativa, já que o resto do tour incluía um canadense legalzinho e três israelenses super grosseiros. Hoje o Kleiber está de volta ao Brasil e trabalhando com turismo. Conheça o trabalho dele aqui. (amigo é isso, você até perdoa ele sair na sua foto com camisa de timeco) :)

Em ambos os casos, dividir um sonho com uma amiga/o foi fantástico. É aquele momento que você chega em Machu Picchu ou na frente das Pirâmides do Egito, e pensa "quanto tempo sonhamos em vir aqui, e finalmente conseguimos".

Com o Chris na Indonésia
E agora? Bom agora muito mudou na minha vida, e estou casada. Viajar com o parceiro é um pouco diferente, já que você foca em passeios de casal, em nenhum caso ficamos em quarto dormitório de albergue, então você acaba não conhecendo muita gente. É engraçado que quando conheci meu marido, o Chris, ele nunca havia viajado para o exterior. Ele é Australiano e sempre viveu por lá. Desde então fomos para a Indonésia, Brasil e Estados Unidos juntos. Hoje gosto muito dessa nova fase, de viajar a dois, e ainda aqui você precisa ter a flexibilidade de entender que a sua cara metade também pode querer fazer um passeio diferente do seu, e é super legal dividir uma experiência com seu parceiro.



No fim das contas o destino pode ser fantástico, mas se você tiver uma companhia bacana você terá uma experiência ainda melhor.

E você tem alguma história sobre viajar sozinho ou acompanhado? 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

EUA: Filadélfia

Quando começamos a planejar a viagem para Nova York, decidimos que queríamos conhecer algumas cidades próximas, e Filadélfia (Philadelphia) estava na lista, por ser uma das cidades mais importantes na história dos Estados Unidos, já que os planos de independência começaram ali. É possível fazer um passeio de um dia, toda a pé, visitando as principais atrações da cidade.

Tínhamos que tentar decidir como iriamos para Philly - como muita gente se refere a cidade, e as opções eram ônibus (Megabus e Bolt Bus) ou trem (Amtrak). Como sou uma viajante "on a budget" eu sempre tento escolher a opção mais barata, desde que não tenha um impacto muito negativo em tempo e conforto. O trem embora demorasse menos bem custava mais, desse modo escolhi o MegaBus. Essa empresa tem um misto de opiniões positivas e negativas de outros viajantes, e como de costume eu só posso contar a minha experiência, já que usei o serviço duas vezes.

Como a Megabus chega a ter promoções de passagem de 1 dólar (se você comprar com antecedência) vale a pena pesquisar, eu não achei nenhuma passagem com esse preço mas também reservei com somente algumas semanas de antecedência. Custou em torno de $34 dólares ida e volta por pessoa. A viagem levou em torno de 2 horas e meia. A vantagem é que o ônibus te deixa em 2 pontos na cidade, um no centro antigo, lugar ideal para os turistas, e outro na rodoviária, que é um pouco longe do centro. A viagem foi bem tranquila e chegamos mais cedo do que o previsto. O ônibus tem internet wi-fi e banheiro, e um ar concionado bem forte - então traga uma blusa.

O ônibus parou na frente do Visitor's Center onde você pode pegar os ingressos (gratuitos no local e $1.5 pela internet) para o tour pelo Independence Hall, onde foi assinado a declaração da independência dos Estados Unidos e também onde a constituição daquele país começou a ser escrita. O tour dura cerca de uma hora, é todo em inglês, é possível ver moveis daquela época e aprender algumas curiosidades daquele período. Há hora marcada para o tour, e eles recomendam que você chegue cedo para inspeções de mochila e segurança.

De lá você pode seguir para o Sino da Liberdade (Liberty Bell), é de graça, porém geralmente tem uma fila imensa. Há vários outros prédios históricos, praças e igrejas por ali. Incluindo a área que foi a President's House onde George Washington e John Adams criaram o escritório dos presidentes onde trabalhavam e moravam, mas hoje existe somente algumas paredes. Não muito longe está o primeiro e o segundo banco dos Estados Unidos. Tem também a Franklin Court, uma grande casa que foi de Benjamim Franklin e hoje tem um museu e o uma casa mal-assombrada (ambos em reforma quando fui). Logo em frente, na Market Street tem o prédio que foi a primeira sede dos correios dos Estados Unidos.

Depois de andar pelo centrinho antigo seguimos pela 6th avenue até a Arch Street onde está o Constitution Center um museu que explica os detalhes da constituição americana. Se não quiser entrar no museu a outra opção é seguir sentido oeste pela Market Street. Ambos o caminhos Arch Street e Market Street vão  passar pelo Reading Market, uma espécie de mercadão bem arrumadinho e bacana com várias opções de alimentação. Seguimos para a Prefeitura (City Council) um dos prédios que mais impressionam na cidade devido sua arquitetura e grandiosidade. Do lado tem uma igreja de tirar o fôlego (United Methodist Church) e uma região com várias estatuas diferentes, incluindo o simbolo do LOVE, muito popular com os turistas.

De lá você pode seguir para a região dos museus. Incluindo a Academia de Ciências Naturais, o Instituto Franklin Museu de Ciência, Museu e Biblioteca de Rosenbach, Museu de Rodin e o mais famoso: o Museu de Arte da Filadélfia, com mais de 200 mil obras. Na frente deste museu está a famosa escadaria imortalizada pela cena do filme Rocky Balboa, onde Sylvester Stallone corre a escadaria acima e hoje chamado de Degraus do Rocky. Dizem que os turistas adoram imitar a cena do filme. Eu dei azar, cheguei lá no feriado do Labour Day americano, e na frente do museu havia um grande festival Made in América.


Para quem não tiver afim de andar, há transporte público - ônibus, metro e táxis e também os ônibus de dois andares turísticos.

No mais achei a cidade super gracinha, e definitivamente vale outra visita, da próxima vez com mais calma.

Megabus.com (ônibus)
Amtrak.com (trem)

Dica: o ingresso para o Museu de Arte da Filadélfia é Pay What you Wish (pague quanto você quiser) todas as quartas feiras depois das 17 horas e no primeiro domingo do mês.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Como atravessar a rua no Vietnã? Vai na fé!

Nunca vou esquecer o dia que cheguei em Ho Chi Minh City ou antiga Saigon. Eu estava absolutamente empolgada para começar as minhas aventuras no Vietnã. Cheguei a cidade de tarde, e logo queria sair para dar uma volta.

Caminhei um pouco e como tinha um mapa nas mãos queria chegar até um determinado local. Mas não demorou muito e eu não sabia bem como proceder. Cheguei em um cruzamento, que não tinha um semáforo. A quantidade de vespas (pequenas motos) era um número tão grande que parecia infinito.

Fiquei olhando para a rua por um tempo, pensando como é que vou atravessar. Nisso dois rapazes australianos falaram: "Você não sabe como atravessar a rua, né?" Eu disse que realmente não tinha a menor idéia e que havia acabado de chegar a cidade. Eles riram. Daí eu disse, "vocês sabem como atravessar a rua?" Eles confirmaram que sim, e eu disse que os seguiria. Claro que eu teria um problema grande, já que eles não estavam indo na direção de onde eu queria ir, desse modo eu teria que aprender muito rapidamente como atravessar a rua sozinha.


Então como se atravessa a rua nos lugares movimentados e sem semáforo? Vai na fé. Literalmente. Você respira fundo, olha na direção que as motinhos estão vindo, já mostrando a intenção que vai atravessar, e para ter certeza que não vai ser atingida assim que descer da calçada e segue em frente. Não hesite, não mude de direção, simplesmente vá reto.

Mesmo com todo o caos das motinhos eu não vi um acidente ou atropelamento. Não sei se os vietnamitas tem um misto de boa sorte com boas habilidades no trânsito, mas em todo caso, vá na fé.

Depois de alguns dias você acostuma...