quarta-feira, 20 de março de 2013

Bolívia: Sucre & Santa Cruz de La Sierra

De Uyuni peguei um ônibus para Sucre. Pensei bastante se pararia em Potosi para ver as antigas minas, mas decidi que eu precisava de um lugar mais tranquilo e Sucre parecia ideal.

Sucre é uma cidade bem diferente na Bolívia, não tem aquele ar de favelão, chamada de a cidade branca, é uma cidade super pacata, super limpa e organizada, o que acaba dando um ar todo diferente ao lugar. A cidade tem sua história ligada a mineração de Potosi, e por isso é ainda uma cidade mais rica e conservadora.

Acabei passando 2 dias aqui só descansando. Fiquei em um Hostel legal, mas não consigo lembrar o nome, já que não sabia onde me hospedar, e as únicas recomendações do meu guia estavam sem vagas. Cheguei em Sucre no meio da noite, rodoviária fechada, mega medo de ter de ficar na rua. Toquei a campainha de alguns hotéis e todos estavam cheios. Eu estava mega cansada, e ainda tinha tido que trocar de ônibus em Potosi e não havia dormido. Então sentei na frente do hotel mais iluminado e esperei o dia clarear, a boa noticia é que o lugar é super movimentado e tem ônibus parando naquela rua a cada 5 minutos. É bem longinho para andar da rodoviária até o centro da cidade. Assim que a rodoviária abriu fui tentar pegar um taxi e achei outros dois turistas e perguntei para onde eles iam e se importariam se eu fosse junto, já que não sabia onde ficar. Eles concordaram e dividimos um táxi até a cidade.

A cidade é Patrimônio Cultural da Humanidade, e dessa forma tem várias coisas interessantes para ver. Na Plaza 25 de Mayo, você encontra a catedral de Sucre coma Virgem de Guadalupe forrada de jóias, a prefeitura, a Casa da Liberdad - um dos museus mais importantes do país e também alguns grandes casarões presentes que também estão presente por toda a cidade. Outro passeio é a região da Ricoleta com o Mirante e o Monastério.  Tem ainda a Plaza da Liberdad com um grande obelisco, e também o teatro da cidade. Já na Parque Bolívar você encontrará uma replica da Torre Eiffel, é onde as famílias locais levam as crianças no fim de semana. Há muitas outras igrejas e museus que valem a visita se você tiver tempo. Alguns lugares mais afastados e sem movimento você tem de tomar alguns cuidados extra com segurança.

No mais se você não quiser fazer muita coisa, só de andar pelas ruas e observar a arquitetura das construções históricas o que já é muito interessante visto que a cidade é um museu a céu aberto.

Sucre definitivamente vale uma visita.


 

Segui para Santa Cruz de La Sierra, mas como não é uma cidade turística, é hoje a maior cidade da Bolivia, mas não acho que tenha nada interessante por lá. A única mudança é a altitude, e Santa Cruz é bem quente mesmo no inverno. Aqui os artigos de lã que são baratos pelo resto da Bolívia são bem mais caros. Só há um caminho para lá saindo de Sucre, é uma estrada de terra, e se algum veiculo quebrar no caminho, ninguém mais passa, e foi bem isso que aconteceu. Quando eu menos esperava o motorista do ônibus já estava indo barranco abaixo e cruzando riachos para achar um caminho alternativo. Um caminhão de combustível havia tentado a mesma peripécia e acabou quebrando no meio do nada. Mas chegamos bem.

Já na cidade aproveitei ficar andando sem muito rumo e ver a catedral principal na Plaza 24 de Septiembre, aqui também há o Museo Histórico. Perto da praça você encontrará a Manzana Uno uma região de com várias exibições culturais e de arte.

Para ir ao Aeroporto Viru-Viru há um mini-onibus que saí do ex-terminal. Não lembro o preço mas é bem baratinho. O aeroporto em si não tem muito o que fazer, mas tem wi-fi. Não se esqueça de economizar $20, já que esse é o preço do imposto pago para sair do país em voos internacionais.


terça-feira, 19 de março de 2013

Bolívia: Salar do Uyuni

Depois de duas noites em La Paz pegamos o ônibus noturno para Uyuni. Algumas pessoas preferem pegar o trem até ônibus até Ouro e depois o trem para Uyuni, mas eu acho que não compensa a economia, visto que o trem não é tão frequente. Também achei que o ônibus noturno não compensou muito a economia em acomodação, foi de perto a pior jornada de ônibus que já estive. A estrada é terrível, então você acaba não descansando de tanto que o ônibus chacoalha. Fazia tanto frio que as janelas congelaram, e eu estava com um medo do vidro se quebrar. Talvez no trem você venha a descansar mais. Viajar pela Bolívia é uma aventura então se prepare.

Chegamos em Uyuni bem cedo, e já fomos procurar um tour para o salar já naquele dia. Há muitas operadoras para esse passeio, e como quase todas oferecem o mesmo pacote, é meio difícil saber qual escolher. Uma coisa é certa se o preço for muito mais barato do que o preço normal de $100, pense bem pois provavelmente a alimentação vai ser insuficiente, ou a acomodação não vai ser tão boa, e etc. Escolhemos a Andes Salt Expedition, porém no fim descobrimos que devido a baixa temporada, as agências estavam trabalhando juntas, então embora você comprasse o pacote de uma, acabava indo com a outra. Recomendo que compre o pacote já em Uyuni, simplesmente porque quando você comprar em outra cidade fica difícil saber a qualidade do veiculo que você vai, ou oque exatamente está incluindo no seu pacote. Além do que muitas agências tem histórico de acidentes. Você pode também começar ou terminar seu passeio em San Pedro-Atacama no Chile ou em Tupiza na Bolivia.

O passeio geralmente de 3 dias e 2 noites, há outras opções de 1 dia ou de 4 dias, mas escolhemos o básico. As 10:30 hrs começou nosso passeio e a primeira parada foi no cemitério de trens, que fica a não mais que 10 minutos do centro de Uyuni. A cidade foi um dia um importante hub para os trens que transportavam os minerais produzidos na região até os portos na região do Pacífico, porém com o colapso da indústria da mineração os trens foram abandonados por ali mesmo desde os anos 40. O lugar é meio um playground para os adultos. Todo mundo sobe nos trens, e se diverte bastante.

Seguimos então para o deserto de sal, ficamos ali por 1 hora, tirando foto pelo deserto enquanto o motorista preparava o almoço. Alimentação simples cuscus, frango e salada. Dali seguimos para a Ilha Incahuasi, uma ilha rochosa no meio do deserto repleto de cactus. Como tudo ali o lugar é totalmente diferente e inusitado, uma ilha de cactus no meio do deserto. Alguns cactus são quase gigantes e estão ali há muitos anos.

Depois seguimos para a nossa acomodação naquela noite. Um hotel de sal, onde tudo é literalmente feito de blocos de sal, as camas, as mesas, as pedrinhas do chão. Ali o motorista preparou um chá da tarde, com chá e bolachinhas. O hotel era na saída do deserto, então até o por do sol, podíamos ficar admirando aquela imensidão do deserto de sal. O hotel tem um chuveiro, e tem de pagar uma taxinha (10 bs) para usar o chuveiro de água quente. Esse será o ultimo banho nos próximos 2 dias, já que no segundo hotel não há água quente. Eu acho que vale a pena tomar um banho se aquecer, pois faz muito frio no deserto, e venta a noite inteira. As camas eram confortáveis e com bastante cobertas, mesmo assim ainda usei meu saco de dormir. Um problema extra comum a todos os hotéis é a dificuldade de recarregar baterias, algumas deixam a eletricidade ligada por somente algumas horas, e possuem somente algumas tomadas, onde quase todo mundo luta para recarregar suas coisas.

No dia seguinte fomos para várias lagoas diferentes - Lagoa Verde, Lagoa Altiplana e Lagoa Colorada, as cores são criadas devido aos minerais que vem das montanhas. Nesses lugares é possível avistar os flamingos, que se alimentam por ali. O cenário é de tirar o folego, com as montanhas ao fundo. Também visitamos um a árvore de pedra e um outra área rochosa.

No último dia fomos até os geisers e águas termais onde é possível entrar na piscina, e se aquecer um pouquinho. Aqui tem um desafio. A água esta deliciosamente quente, e o lado de fora muito frio, você vai ter coragem de tirar a roupa e entrar na água e depois sair no frio?


O que levar: lanterna, água, snacks pois nem sempre a alimentação é o suficiente, roupa quente, lenço umedecido (no segundo dia no salar, é mais provável que não terá chuveiro com água quente), remédio para dor de barriga e dor, lanterna, dinheiro, chinelos, protetor solar e labial, óculos de sol, e saco de dormir. Não esqueça de levar roupa de banho para o ultimo dia nas piscinas termais.

Só posso dizer que embora toda a dificuldade da Bolívia, o Salar do Uyuni é único. Uma das coisas mais bonitas que já vi na vida.

Ultimas considerações:
Recomendo começarem em uma cidade e terminar em outra, por exemplo começar em Uyuni e terminar em São Pedro do Atacama, pois meu tour começou em Uyuni e foi até a divisa com o Chile e o que fizemos no terceiro dia foi passar 8 horas no carro voltando para Uyuni, por um caminho diferente então sem muita coisa para ver. Outro ponto, e mais provável que o seu guia só fale espanhol, e não está nem um pouco interessado em dar muitas explicações. Os hoteis usados ao longo do caminho são compartilhado com outros tours, e no meu caso cada tour tinha seu quarto, com 6 camas. Os banheiros não sao totalmente limpos e geralmente insuficiente para o numero de hospedes. Último ponto sobre essa viagem, geralmente vão 6 pessoas no carro, e se elas forem legais você se divertirá muito mais, se elas forem insuportáveis, provavelmente vai ter confusão. O nosso tour começou atrasado pois os 3 israelenses foram tomar café da manhã, eles aliás causaram um monte durante o trajeto, comiam grande parte da comida sem perguntar se alguém queria mais e eram de modo geral muito arrogantes, achando que o passeio era somente deles. O meu grupo incluia eu e o meu amigo, ambos brasileiros, um canadense, e os 3 israelenses. Ou seja como eu disse, a companhia do seu passeio vai ter um impacto direto na sua viagem.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Bolívia: La Paz e Tiwanaku


Saímos de Copacabana em um ônibus local bem velho, a viagem levou entre de 3 a 4 hrs. Pegamos o ônibus mais simples e mais barato, já que o ônibus turístico só sai em torno das 18:30, e não queríamos chegar em La Paz de noite.Assim que o ônibus chega em Tikina, todo mundo tem de sair do ônibus e pegar um barco até o outro lado do rio. Custa em torno de 1.5 bs, porém da um pouco de medo já que o ônibus entra em uma balsa para lá de suspeita de tão simples que é, o resto das pessoas entra em um barco quase super lotado. Não parece que tem muito risco, mas as águas do rio são um pouco agitadas, e o barco balança bastante. No final tudo deu certo, subimos de novo no ônibus e seguimos para La Paz. Lá o ônibus não parou na estação central, mas o motorista disse que de onde estávamos era fácil pegar um táxi até o lugar que havíamos reservado.

Eu estava tão nervosa e com muito medo da violência de La Paz. De cara o lugar parece um favelão! Eu já havia lido milhares de coisas sobre todos os tipos de "scam" da cidade, que era só para pegar táxi oficial (que tem uma espécie de um domo com número em cima, e se algum desconhecido subir no táxi com você, desça imediatamente), muito cuidado com os pertences, não ajudar ninguém na rua, se alguém jogar algum liquido em você, vai esperar você começar a ase limpar para roubar sua carteira e assim por diante. Outra coisa é que policial aqui usa roupa verde, não é roupa preta ou roupa casual, se alguém se aproximar de você e disser ser policial, sai andando. Quando estávamos indo embora pegamos um táxi que não era oficial e no caminho para a rodoviária o taxista quis parar para dois policias de roupa preta subirem no táxi, eu imediatamente comecei a gritar e disse que ninguém subiria no táxi, ele tentou argumentar que já estávamos pertinho da estação, dissemos que não e dissemos para ele não pegar ninguém. De todo modo todo cuidado é pouco!

La Paz tem museus, igrejas, uma praça central bacana, mas o que muita gente vem aqui para fazer em um downhill de bicicleta, tour a Tiwanaku e tour para Chalcataya, uma montanha bem próxima. Adoro uma aventura, mas o downhill era demais pra mim, basicamente você desce montanha abaixo de bicicleta no que é dito uma das estradas mais perigosas do mundo, quem fez diz que é demais, que é perigoso, que é lindo. Eu queria muito subir o Chalcataya, uma montanha de 5486 metros de altitude. Porém esse passeio é bem popular, e quando tentamos comprar o tour já havia se esgotado os lugares, visto que não há muitas operadoras para o passeio. Então recomendo se você quiser fazer esse passeio reserve assim que chegar em La Paz

Nós fomos para Tiwanaku. O lugar poderia ser muito mais impressionante, mas infelizmente o governo Boliviano não dispõe de investimento para escavações do site, e mesmo assim Tiwanaku é Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Aqui você encontra ruínas de uma civilização pré-inca. O museu é bem explicativo, e você aprende bastante sobre os Aymaras - grupo indígena da região dos Andes. Algumas coisas estão bem conservadas como os o Portal do Sol e o Portal da Lua, e as faces esculpidas nas pedras das paredes, bem como alguns totens.

 No mais, só tome água de garrafa mineral, e tome cuidado com a alimentação. Ainda mais que devido a altitude quem não está acostumado pode vir a passar mal.

Para quem quer fazer compras há bastante opções aqui, principalmente produtos de lã de alpaca. Tente pechinchar, e fique de olho na qualidade, caso contrario depois de uma lavada sua blusa pode vir a se despedaçar. É um bom lugar para comprar meias e luvas de lã e outros suprimentos para quem vai indo para o deserto do Uyuni.


Ficamos em um hotel de duas estrelas chamado Hotel Milton. O quarto não é muito grande, o banheiro é espaçoso com água quente, café da manhã simples incluso em torno de $13 por pessoa por noite em quarto duplo. Não achei excelente, mas serviu para o propósito, já que era bem localizado, e bem próximo da rua do mercado das bruxas. Há outros hotéis e hostels para todos os bolsos.



sábado, 9 de março de 2013

Austrália: Phillip Island

Hoje fomos fazer uma passeio diferente, aproveitamos que era feriado e viajamos por cerca de 1 hora e meia e até chegarmos a Phillip Island.

Phillip Island é uma grande illha ao sul de Melbourne. A cidade tem vários subúrbios, o principal é Cowes. A ilha é de modo geral um lugar bem turístico, e devido a sua proximidade de Melbourne, é um destino popular para aluguel de casas de verão ou somente passeios de um dia.


Para chegar até aqui há opções de tours saindo de Melbourne, ônibus ou barco. Em caso decida ir de carro, a viagem é bem tranquila, e as estradas são bem sinalizadas.

Logo que chegamos encontramos o A Maze'N Things, uma espécie de casa maluca, muito legal para levar a criançada. Pelo lado de fora tem uma casa inundada, no telhado da casa há uma torneira aberta enchendo a casa de aguá, a água vaza pelas janelas e portas, um conceito bem interessante. Pelo lado de dentro há muitos espelhos distorcidos, uma labirinto e um hall de ilusões. Do lado de fora tem um mini-golf.

Os outros passeios interessantes para ambos crianças e adultos é a visita ao Nobbies Centre, um lugar repleto de vida selvagem, você poderá avistar as focas através de binóculos que custam em torno de $2 por 1 ou 2 minutos (não recomendo, pois até você configurar o binóculos para a sua vista, o tempo já acabou), ou até os pinguins que fazem ninho nessa região. Aqui você ainda pode avistar aves da região e até cobras. Em ultimo caso aproveita a vista que é deslumbrante. A entrada ao centro é gratuita, e ainda há descrição da vida marinha da região, um restaurante e uma lojinha. Para chegar até os penhascos e ao famoso blowhole, você caminha sobre uma longa plataforma de madeira. Na época de reprodução dos pássaros você não terá acesso a parte mais baixa das pedras.

Se você realmente quiser ver as focas de perto, há um tour na cidade com saídas diárias. Em casos de sorte, você poderá ver as focas no pier. 

Nós vimos uma foca aproveitando a sombra do pier, ou talvez esperando um almoço fácil dos pescadores que estavam ao lado.

Outro passeio popular é o Penguin Parade. Aqui no fim do dia você poderá avistar os pinguins que retornam do mar. O preço é um pouco salgado, em torno de $22. Tem também o Koala Conservation Centre, onde você poderá ficar bem pertinho desses animais, e custa $11. 

Aqui também tem praia para surfista, para família com águas calmas e cristalinas. Tudo com fácil acesso. 

Gostei bastante e recomendo o passeio. 

 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Guias de Viagens: Comprar ou não comprar?

Imagino que muita gente já foi até uma livraria atrás de guia de viagens, e as vezes as opções são tantas que fica difícil decidir o que comprar

Você acaba ficando na dúvida se tem um melhor um pior...

Eu acredito que não há uma linha de livros melhor ou pior. O que é importante é descobrir se o guia é novo ou mais antigo, pois as informações podem estar desatualizadas

Eu já comprei guias da Lonely Planet, Rough Guide, Michelin, Footprint, DK e Berlitz.

Desse modo depois de testar versões diferentes digo que me adapto melhor ao Rough Guide. Gosto do DK pelas fotos, porém falta informação de acomodação, pois as informações sobre museus, história e mapas de rua por rua são excelentes.

Entendo que os guias são feitos para te dar uma idéia geral de que fazer, como e onde. Preços vão sempre precisar ser atualizados e fica difícil imaginar que qualquer um desses esteja sempre com os dados corretos. O mesmo vale para os Mapas.

Uma outra questão é guia de um país ou de vários países juntos, bom você pode imaginar que se o guia tiver vários países todas as informações serão mais resumidas, e provavelmente não vai incluir todas as cidades que um país teria para visitar. Comprei o Southeast Asia Rough Guide e o South American Handbook 2011 e achei ambos muitos bons, inclusive com informações de como atravessar a fronteira e boas recomendações de acomodação.

De modo geral eu prefiro os livros nas mãos do que um guia virtual, pois alguns eletrônicos chamam atenção de pessoas que podem querer toma-los de você. Segundo porque as vezes acho bem mais prático; posso folhear no ônibus, trem e avião, só atrás de alguma sugestão ou ideia do que fazer.

É claro o guia eletrônico tem seus prós. Com o passar do tempo e da viagem suas páginas não vão cair, e o melhor ele não vai pesar ou ocupar espaço na sua mochila.

Hoje em dia com tanta informação na internet talvez nem seja necessário mais comprar guias. Porém enquanto você está na estrada, talvez nem sempre tenha acesso ao mundo virtual, por isso aprecio ter o guia com informações em mãos.

Fica a dica, se puder e for conveniente compre o guia que você acha que se adapta melhor. 

Os guias que já usei:
Turquia: DK Eyewitness - recomendo
Russia: Lonely Planet - não recomendo
Southeast Asia: Rough Guide - super recomendo
South American Handbook 2011 - Footprint - super recomendo
USA: Rough Guide - ainda não tive a chance de usar
Australia: DK Eyewitness - ainda não tive a chance de usar
Italia: Michelin - achei muito bom para informação
Blue List Australia: Lonely Planet - achei que tem boas idéias do que fazer

E você já usou algum? Recomenda? Deixa um comentário aqui! 
  
      
      

quinta-feira, 7 de março de 2013

De Dahab no Egito até Wadi Musa (Petra) na Jordânia passando por Israel



Quando fomos ao Egito em 2011, queríamos também ir a Jordânia. E saindo do Egito havia duas opções. Pegar o barco saindo de Nuweiba direto para Aqaba ou fazer tudo por terra, cruzando Israel.

A principio queríamos viajar por Israel por 3 ou 4 dias, mas devido as distâncias, preços e disposição de tempos acabamos mudando de idéia.

Naquela época o barco saindo do Egito era famoso pelas saídas e chegadas atrasadas. Em muitos lugares dizia que a travessia em si levaria só 1 hora no barco rápido, mas a saída do porto e a espera podia chegar a 6 horas. A travessia custa entre $70 - $80 por percurso no barco rápido (que deveria sair as 15hrs), e em torno de $60 (+$10 de imposto de saída do Egito) para o barco lento que saí no final da tarde, e leva em torno de 8 horas – diz a lenda que é uma jornada terrível.

Decidimos então fazer tudo por terra. Como estávamos em Dahab, o caminho foi assim:

1 – táxi do hotel a estação de ônibus de Dahab (terrível suja e quase deserta, então tenha cuidado), custa em torno de 10LE. Como de costume perguntamos no hotel quanto custaria o táxi até a estação e eles disseram "não pague mais que 10LE", o taxista esperto quis cobrar 15LE quando chegamos na estação, e eu disse que não, ele insistiu eu disse ligue no hotel ou nos leve de volta. Embora isso seja só $1.5, no Egito tentam te cobrar a mais por tudo, e a essa altura, eu não aceitava nenhum centavo extra.

2 – ônibus até Taba – aqui fique esperto, porque o motorista do ônibus queria cobrar todo mundo um dinheiro extra (5LE/ $0.75) para levar da estação de Taba até a fronteira, porém a fronteira é muito perto da estação de ônibus, algo como 10 minutos (600mts), então não pague nada. Se precisar usar o banheiro deixe para usar na fronteira, pois são limpos e cuidados.

3 – Egito cobra uma taxa de 2LE, pelo carimbo na saída do país, porém tem gente que já pagou para sair, então cheque antes de viajar..

4 – Para entrar em Israel eles vão checar todas as bagagens. E são meio chatos com relação a eletrônicos e baterias, separe tudo. Se tiver muita gente com mala grande na sua frente, ache um jeito de ter paciência. No meu caso tinha um grupo de pessoas de mais idade, com malas muito grande, não falavam inglês e os oficiais da fronteira não estão nem aí, então algo que poderia ter demorado 10 minutos, levou 1 hora. Outra coisa, muita gente pede para o visto de Israel não ser carimbo no passaporte, visto que alguns países não aceitam turistas que estiveram em Israel. Minha amiga pediu isso, e quando a oficial que estava me atendendo pergunto “você está com ela?”eu disse que sim, ela perguntou “você também quer o seu visto em um papel separado?” eu disse que não. Quando entramos na Jordânia, eu não entendi bem o que aconteceu, mas minha amiga recebeu o visto de lá também em um papel separado...

5 – Uma vez saindo dali pegue um táxi para cruzar Eillat, seguindo para a fronteira. Aqui você vai notar algo bem curioso, uma vez que você sai do Egito, Israel parece um universo alternativo, pessoas de bikini na praia, carros importados, tudo muito civilizado e limpo. O táxi custa em torno de 50 skehels. Você só poderá pagar o táxi com dinheiro local, então tivemos que pedir ao taxista para parar em um banco ou caixa automático.

6 – Para sair de Israel custará $27 em imposto, no mais é bem tranquilo, e entrar na Jordânia também.

7 – Uma vez na Jordânia você precisará pegar um táxi até Aqaba.

8 – Em Aqaba você vai precisar achar o transporte para Wadi Musa (Petra), geralmente um micro-ônibus. Aqui demos sorte porque logo que chegamos na estação e começamos a procurar um micro-ônibus, um senhor se aproximou de mim e começou a perguntar se queríamos ir a Petra. Eu já estava para dizer que não achando que ele ia oferecer táxi ou qualquer outra coisa quando ele apontou o micro-ônibus e disse que sairia em breve. O micro-ônibus só sai quando estiver cheio, então não há um horário marcado. O nosso encheu bem rápido, em 15 minutos estávamos saindo.  O micro-ônibus de Aqaba até Wadi Musa custa 5JD ($7),  você pode pegar o ônibus de turismo com ar condicionado por 8.50 JD ($12) – checar horários. A viagem leva em torno de 1.5 a 2 hrs. As estradas são boas, só que é meio que na serra, e como o motorista corria muito, dava a impressão que eu estava em uma montanha russa. No micro-ônibus foi parado pela policia, eles verificam todas as malas e sacolas, mas como viram que tinha turista no ônibus nos deixaram passar sem muitos problemas, e ninguém mexeu nas nossas coisas.

9 – Chegamos a Petra já de noite, não sei dizer o horário, mas nos levou quase o dia inteiro para cruzar tudo por terra.  Na estação de ônibus, que é somente um terreno, o dono do nosso hostel foi nos buscar. Como eu não tinha organizado isso, eu achei que eles estava somente tentando vender quartos e ganhar comissão, (risos, e já fazia dias que todo mundo tentava me vender de tudo no Egito) é o único hostel em petra, eu já fui dizendo que não, que iriamos andar até o hostel que eu sabia que era perto, ele disse “eu levo vocês, é meu hostel”.

Se você for fazer o caminho inverso Jordânia – Israel – Egito, tem de pegar um visto na embaixada do Egito em Israel, caso contrario o visto em Taba só é válido na península do Sinai e custa em torno de $14. Se você chegar ao Egito pelo Aeroporto de Luxor ou Cairo o visto de entrada é $25.

No mais o oriente médio é uma região sensível devido aos problemas políticos, desse modo os preços e passagens pela fronteira podem mudar a qualquer momento, desse modo cheque tudo antes de embarcar nessa aventura. E os preços também podem mudar com frequência.

Custos
Taxi de Dahab até a estação de ônibus: em torno de 10 LE ($1.5)
Ônibus de Dahab até Taba: em torno de 35 LE ($5)
Taxi em Israel da fronteira com o Egito até a fronteira com a Jordânia: em torno $12.50 ou 50 shekels
Imposto de Saída de Israel: 103 shekels ou $27
Visto de Entrada na Jordânia: $30
Ônibus da fronteira com Israel até Aqaba: em torno de $14