segunda-feira, 11 de março de 2013

Bolívia: La Paz e Tiwanaku


Saímos de Copacabana em um ônibus local bem velho, a viagem levou entre de 3 a 4 hrs. Pegamos o ônibus mais simples e mais barato, já que o ônibus turístico só sai em torno das 18:30, e não queríamos chegar em La Paz de noite.Assim que o ônibus chega em Tikina, todo mundo tem de sair do ônibus e pegar um barco até o outro lado do rio. Custa em torno de 1.5 bs, porém da um pouco de medo já que o ônibus entra em uma balsa para lá de suspeita de tão simples que é, o resto das pessoas entra em um barco quase super lotado. Não parece que tem muito risco, mas as águas do rio são um pouco agitadas, e o barco balança bastante. No final tudo deu certo, subimos de novo no ônibus e seguimos para La Paz. Lá o ônibus não parou na estação central, mas o motorista disse que de onde estávamos era fácil pegar um táxi até o lugar que havíamos reservado.

Eu estava tão nervosa e com muito medo da violência de La Paz. De cara o lugar parece um favelão! Eu já havia lido milhares de coisas sobre todos os tipos de "scam" da cidade, que era só para pegar táxi oficial (que tem uma espécie de um domo com número em cima, e se algum desconhecido subir no táxi com você, desça imediatamente), muito cuidado com os pertences, não ajudar ninguém na rua, se alguém jogar algum liquido em você, vai esperar você começar a ase limpar para roubar sua carteira e assim por diante. Outra coisa é que policial aqui usa roupa verde, não é roupa preta ou roupa casual, se alguém se aproximar de você e disser ser policial, sai andando. Quando estávamos indo embora pegamos um táxi que não era oficial e no caminho para a rodoviária o taxista quis parar para dois policias de roupa preta subirem no táxi, eu imediatamente comecei a gritar e disse que ninguém subiria no táxi, ele tentou argumentar que já estávamos pertinho da estação, dissemos que não e dissemos para ele não pegar ninguém. De todo modo todo cuidado é pouco!

La Paz tem museus, igrejas, uma praça central bacana, mas o que muita gente vem aqui para fazer em um downhill de bicicleta, tour a Tiwanaku e tour para Chalcataya, uma montanha bem próxima. Adoro uma aventura, mas o downhill era demais pra mim, basicamente você desce montanha abaixo de bicicleta no que é dito uma das estradas mais perigosas do mundo, quem fez diz que é demais, que é perigoso, que é lindo. Eu queria muito subir o Chalcataya, uma montanha de 5486 metros de altitude. Porém esse passeio é bem popular, e quando tentamos comprar o tour já havia se esgotado os lugares, visto que não há muitas operadoras para o passeio. Então recomendo se você quiser fazer esse passeio reserve assim que chegar em La Paz

Nós fomos para Tiwanaku. O lugar poderia ser muito mais impressionante, mas infelizmente o governo Boliviano não dispõe de investimento para escavações do site, e mesmo assim Tiwanaku é Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Aqui você encontra ruínas de uma civilização pré-inca. O museu é bem explicativo, e você aprende bastante sobre os Aymaras - grupo indígena da região dos Andes. Algumas coisas estão bem conservadas como os o Portal do Sol e o Portal da Lua, e as faces esculpidas nas pedras das paredes, bem como alguns totens.

 No mais, só tome água de garrafa mineral, e tome cuidado com a alimentação. Ainda mais que devido a altitude quem não está acostumado pode vir a passar mal.

Para quem quer fazer compras há bastante opções aqui, principalmente produtos de lã de alpaca. Tente pechinchar, e fique de olho na qualidade, caso contrario depois de uma lavada sua blusa pode vir a se despedaçar. É um bom lugar para comprar meias e luvas de lã e outros suprimentos para quem vai indo para o deserto do Uyuni.


Ficamos em um hotel de duas estrelas chamado Hotel Milton. O quarto não é muito grande, o banheiro é espaçoso com água quente, café da manhã simples incluso em torno de $13 por pessoa por noite em quarto duplo. Não achei excelente, mas serviu para o propósito, já que era bem localizado, e bem próximo da rua do mercado das bruxas. Há outros hotéis e hostels para todos os bolsos.



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