terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tailândia: Bangkok

Cheguei à Bangkok por volta das 6 da manhã, bem cansada das longas horas no ônibus, sem nenhuma acomodação reservada, e super desinformada de onde ir na cidade ou ao menos onde me hospedar.

Bangkok é um panelão de coisas, a cidade parece não parar nunca. Aqui você acha todas as coisas que uma grande cidade pode oferecer em termos de acomodação, restaurantes e shopping de luxo, e no sentido oposto também, tudo bem simples, ou seja, há tudo para todos os gostos e bolsos. O trânsito é bem caótico, desse modo preste muita atenção ao atravessar a rua. Então venha para cá preparado para encarar todas essas diferenças.


Por sorte (ou não) o ônibus me deixou perto da famosa Rua Thanon Khao San, onde há um mercado noturno de rua, onde e é possível comprar todos os tipos de bugigangas incluindo roupas falsificadas e várias especiarias, há também muitos bares e restaurantes por aqui, e até algumas baladas. 

Procurei um hotel/albergue simples na Chakra Bongse, e como eu havia feito uma viagem bem longa queria um quarto individual por uns dias para poder descansar. Fiquei em um hostel chamado Rainbow, cheio de mochileiros. Paguei em torno de 7 dólares por um quarto pequeno, com cama de solteiro, ventilador e banheiro somente com água fria. Na última noite fiquei no quarto dormitório por 4 dólares, e era uma bagunça sem fim e como choveu naquela noite tinha até goteira no quarto. Mas se você estiver viajando sozinho vale a parada, já que dá para conhecer muita gente aqui.

Em Bangkok há uma imensidão de templos, residências históricas e uma das maiores atrações da cidade o Grande Palácio (Grand Palace).

No Grande Palácio está o Wat Phra Kaeo, um templo construído em 1782 para ser de uso exclusivo da família real, e é hoje o templo mais sagrado do país e casa do famoso Buda de Esmeralda. O Buda em si tem somente 75 cm de altura, e está envolto em jóias e roupas que são trocadas todas as temporadas pelo rei em uma cerimônia. 




Vale a pena conferir também os murais de Ramayana. Que possuem mais de 1 km de extensão e estão bem preservados, contando a história antiga do Hindu do triunfo do bem sobre o mal em 178. 



Outro templo que vale a visita é o Wat Pho, é o mais antigo templo da cidade e aqui está Buda Reclinado. O Buda é imenso, e tem 45 metros de extensão e representa o Buda entrando em nirvana. Só o sorriso da estátua mede 5 metros de largura.


Para quem gostar de massagem eu fiz uma bem baratinha por 100 baht (em torno de 3 dólares) por 15 minutos, se não me engano foi na Rabuttri Alley. Vou te falar que não relaxei muito durante a massagem, pois a mocinha não entendi muito inglês e eu estava meio com medo de ela quebrar minhas pernas, mas valeu a experiência. hahah 

Vale lembrar que para entrar na maioria dos templos pelo sudoeste asiático é necessário estar vestido modestamente. Ou seja, as moças devem evitar shorts curtos e blusas muito peladas, e os rapazes não podem estar sem camisa.

 Há vários passeios de um dia saindo de Bangkok o mais famoso talvez seja o mercado flutuante de Damnoen Saduak, é possível vir aqui de tour. O mercado começa as 6 da manhã e termina as 11 da manhã. Você pode vir aqui de ônibus, saindo da estação de ônibus à partir das 5:40 da manhã e leva em torno de 2 horas e meia. 

É possível também ir a Kanchanaburi que está somente 2 horas de Bangkok, e ver a famosa ponte do Rio Kwai e o Trem da Morte. Tem ainda o Parque Nacional Erawan com sua magnifica cachoeira e ainda o templo dos tigres. 


Uma outra parada é Ayutthaya, uma cidade antiga não muito longe de Bangkok (em torno de 1 hora de ônibus ou van), local com ruínas de templos e palácios reconhecidos como Patrimônio da Humanidade da UNESCO.


De Bangkok segui para o Camboja. Comprei um ticket de van em uma agência ali na Chakra Bongse que iria de Bangkok a Siem Reap, e logo descobri que está seria uma jornada meio maluca. Clique aqui para saber mais dessa viagem.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tailândia: Ko Phi Phi & Phuket



Se você já imaginou o paraíso, talvez ele se chame Ko Phi Phi. Um lugar de beleza exuberante.

Logo que você chega a Phi Phi, encontra um mar de gente, pois muitos barcos chegam ao mesmo tempo, tá certo não há filas no paraíso, mas melhora muito depois. Você terá de pagar uma taxa de 20 baht, que eles dizem que é para manter a ilha limpa.

Há muitas festas e desse modo há muitos jovens por aqui. Eu gosto um pouco mais de paz, então escolhi ficar em uma praia do outro lado da ilha, menos badalada. Acomodação não é muito fácil e nem muito barata. Aliás, não espere nada muito barato em Phi Phi. Fiquei em um lugar meio terrível, porém em um quarto individual (que era super pequeno), pois quando vi o quarto dormitório do lugar fiquei até assustada. Não lembro o nome do lugar mas nem vale a pena recomendar. E acomodação ruim também não tem nada haver com paraíso né? Mas melhora. Juro!

Como a há vários morros e penhascos na ilha, há algumas opções de trilha e uma delas dá acesso a um pico lindíssimo. Só de pensar que a ilha foi devastada no Tsunami de 2004, e tudo teve que ser reconstruído dá uma tristeza.

Para quem assistiu ao filme "A Praia", com Leonardo Di Caprio, já viu a estonteante Maya Bay localizada em Ko Phi Phi Let, ilha-irmã de Phi Phi. Muita gente vem aqui em passeios de um dia, já que a ilha é um parque nacional e não há hotéis em Maya Bay, porém e possível acampar. Optei pelo passeio de um dia. O barco nos levou a uma ilha chamada Bamboo e fizemos snorkel em um lugar bacana, passamos em frente ao que eles chamam de Caverna do Pirata. Ainda nos foi servido abacaxis frescos e depois seguimos para Maya Bay. Lembro que o barco parou de um lado da ilha, todo mundo colocou os eletrônicos em uma bolsa a prova d'água, e seguimos para a trilha que ia nos levar até a baía. 

E surpresa, nada tinha me preparado para a beleza do lugar. Tá certo já tinha visto no filme, mas estar ali e ver tudo de pertinho é demais. Aliás, a foto do topo do blog é exatamente a de Maya Bay. O paraíso só tem um problema. Assim como você há uma grande quantidade de pessoas que vem em tours para cá. Claro que não é cheio igual ao réveillon na praia de Copacabana, mas também não é nenhuma ilha deserta. Mas mesmo assim vale muito a pena.
 



Na volta paramos na Praia dos Macacos e algumas pessoas alimentaram os bichos, e como já mencionei antes detesto macacos já que eles podem ser agressivos e tudo que você não quer é estragar seu passeio sendo mordido por um deles.

Bom, Phi Phi é uma ilha cheia de atividades que vão além das festas. É um lugar bem bacana para fazer snorkel ou até aprender a mergulhar, passear de caiaque, escalada, pular dos penhascos, fazer yoga e etc. Mas se você só quiser relaxar é ótimo também. Definitivamente recomendo uma visita à ilha. Há várias opções de restaurantes, porém não me lembro de ver supermercados aqui, então tente trazer seus snacks, e é mais barato se você comprar em Krabi.

De Phi Phi segui para Phuket. Porém se você quiser é possível ir de Ko Phi Phi para Ko Lanta ou para Krabi.


O clima em Ko Phi Phi é de calor de Janeiro a Abril e de chuva de Maio a Dezembro. Fui nessa época e não peguei chuva em Ko Phi Phi, mas peguei em Krabi, chovia bastante no fim do dia.

Não me interessei muito por Phuket, pois achei tudo muito caro, porém o centro antigo da cidade tem uma influência mediterrânea incluindo portuguesa e é bem bonitinho. Há ainda um templo budista lindo chamado Wat Chalong. As praias são bonitas, mas acho que depois de Maya Bay era difícil alguma coisa me impressionar muito. Fiquei em Karon, em um lugar chamado Pineapple Guesthouse, e para uma noite era razoável e pertinho da praia


Há um mercado noturno em Phuket que vale a visita. A parte mais popular é Patong, com várias baladas e restaurantes. Tem gente que vem aqui todo ano e acha um máximo, e eu acho que tem lugar melhor na Tailândia, mas se dinheiro não for problema há vários resorts 5 estrelas aqui.

De Phuket segui para Chiang Mai de avião, no norte da Tailândia.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tailândia: Krabi, Ao Nang & Railay


Sempre imaginei que a Tailândia era um desses lugares exóticos que você só vê em filme e nunca imaginei que um dia fosse até lá.

Passei em torno de 2 semanas viajando sozinha pelo país e posso dizer que hoje é um dos meus países favoritos.


Cheguei à Tailândia em um voo de Cingapura até Krabi. Logo que cheguei fiquei meio assustada, não conseguia acreditar que estava lá. O aeroporto era pequeno e não foi difícil achar a van que me levaria para a cidade. Custou em torno de 3 dólares (90 baht). A van me deixou na rua do meu albergue, e que eu super recomendo chamado Pak Up, na época (2011) custava 6 dólares por noite em um quarto dormitório com ventilador, wi-fi gratuito, um banheiro amplo e limpo, beliche onde cada cama tem própria tomada e luz e uma gaveta para você colocar seus pertences sob a cama que pode ser trancada com cadeado. Enquanto estiver na Tailândia, qualquer quarto que você escolher tem de ter ar condicionado ou ventilador, pois faz muito calor por lá.

Krabi não é uma cidade super turística e não possue praia, mas e é bem tranquila para passar uns 2 dias. Não há muito para se fazer aqui. Há um templo lindo (Wat Kaew) bem no centro da cidade e dois mercados de rua todas as noites, onde as pessoas vão comer. Outra atração da cidade é o Templo do Tigre (Wat Tham Sua) que não fui pois ouvi falar que era perigoso, não há nenhum tigre por aqui, mas uma linda vista da cidade. Krabi é mais usada como um ponto para quem vai para Railay, Ko Lanta, Ko Phi Phi e Ao Nang.

Em termos de alimentação, eu jantava na feira que mencionei antes, adoro arroz frito com frutos do mar, e custava em torno de 3 dólares pelo jantar. E eu geralmente comprava meu café da manhã em uma rede de conveniência chamada 7-Eleven. E gastava pouquíssimo, em torno de 2 dólares. 

 Por dois dias seguidos eu fui para a praia em Ao Nang, uma cidade que fica a 22km de Krabi e possui grandes resorts. Como fui na baixa temporada (maio) não havia ninguém na praia. Para chegar lá eu ia de transporte público (ou songthaews), uma espécie de caminhão branco com bancos atrás. Custava em torno de 3 dólares (50-60 baht durante o dia) e é mais caro depois das 18 horas, mas era relativamente rápido e levava mais ou menos 40 minutos. A viagem em si é encantadora, já que a paisagem é belíssima com todos os recortes nas pedras. 

A praia era linda, havia até uma trilha para uma praia particular na frente de um hotel, e acabei indo para lá.  Já na trilha é possível ver macaquinhos, pássaros e lagartos locais. Vale lembrar que os macacos por aqui são bem agressivos e estão sempre atrás de comida, levam seus óculos e qualquer outra coisa que esteja pendurado, desse modo todo cuidado são pouco, eles são bonitinhos, mas são perigosos. Se você for mordido então é todo outro drama. Outra coisa que você poderá observar são as placas de rota de evacuação em caso de Tsunami. Essa área foi atingida pela Tsunami de 2004, então hoje eles estão mais preparados em caso aconteça de novo.



Fiz uma viagem de um dia de barco saindo de Ao Nang até Railay (Laem Phra Nang). Uma ilha bem linda, somente 10 minutos de barco e por não mais que em torno de 3 dólares (100 baht). De um lado tem um mangue (leste), e desse modo não é possível nadar e do outro lado tem uma praia maravilhosa (Pranang) com uma caverna e várias formações rochosas e já foi considerada uma das praias mais bonitas do mundo. 

Muita gente vem fazer tour de um dia por aqui, então fica um pouco cheio. É possível se hospedar em Railay, porém não é muito barato. Outra praia bacana é a Rai Leh Oeste, aonde os barcos chegam de Ao Nang, é um lugar gostoso para nadar e assistir ao por do sol. Em ambas as praias há opções de alimentação. Por ser uma ilha pequena não há muito o que se fazer, alguns mochileiros aproveitam para praticar escaladas principalmente na área de Ton Sai. Outras coisas por aqui são o pequeno templo e uma trilha que te leva ao topo de um dos morros perto de Ton Sai.

Depois de alguns dias em Krabi eu segui para a famosa ilha de Phi Phi. Fui com um barco saindo de Krabi, e custa 300 bath baixa temporada (2012) e 400 bath alta temporada



Para quem for usar Krabi como caminho para outros lugares é possível ir de ônibus de Phuket a Krabi e vice-versa. Saindo de Krabi é possível ir de mini van ou barco para Ko Lanta. Leva em torno de 2 a 3 horas de min van.


Krabi para Surat Thani também tem um ônibus e leva em torno de 3 horas e de lá pegar o barco para Ko Samui.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Transporte: Como viajar pela Tailândia

Viajar pela Tailândia é bem fácil. 

Como o país é extenso, o tempo de deslocamento  vai depender do modo de transporte que você escolher e a distância. Por exemplo, é possível ir de Bangkok até Surat Thani para pegar o barco para Ko Samui e você pode ir de ônibus, trem ou avião. De avião vai levar em torno de 1hr 10 min, o ônibus vai levar em torno de 10 horas, e o trem entre 9 hr – 11hr 30 min.

Eu fiz a seguinte viagem, voei de Cingapura para Krabi, de Krabi peguei o barco para Ko Phi Phi, de Ko Phi Phi um barco para Phuket, daqui peguei um avião para Chiang Mai, e de Chiang Mai um ônibus para Bangkok e de lá uma minivan para o Camboja.


Há algumas opções de companhias áreas na Tailândia voando dentro do país e para outros países no Sudeste Asiático. De modo geral se você comprar com antecedência conseguirá bons preços e economizará em tempo.
Thai Airways – www.thaiair.com
Bangkok Airways – www.bangkokair.com
Nok Air – www.nokair.com
PBair – www.pbair.com
Orient Thai – www.fly12go.com (essa parece que é terrivel...)
Air Asia – www.airasia.com

Jet Asia Airways - www.jetairways.com
SGA Airline - www.sga.aero

A malha ferroviária cobre boa extensão do país, mas não significa que é muito mais rápido que o ônibus. Você pode ir de trem nos seguintes trechos bem populares para os turistas: Bangkog – Surat Thani (para ir para Ko Samui), Bangkok – Chiang Mai, , Bangkok – Kanchanaburi. Embora você não consiga pegar um trem que cruze a fronteira da Tailândia com os países vizinhos, você pode pegar trens até proximo da fronteira. Bangkok – Nong Kai (fronteira com o Laos) e Bangkok – Aranyaprathet (fronteira com o Camboja) e também até o sul na fronteira com a Malásia. No trem geralmente você terá opções de primeira, segunda ou até terceira classe (bancos de madeira dura), em alguns casos, nas berths ou camas, e se é um trem rápido ou normal, e se sua cabine terá ou não ar condicionado. O site da companhia do país é www.railway.co.th – State Railway Thailand.


Se você escolher viajar de ônibus, tome cuidado, pois muitos turistas são furtados desse modo. Primeiramente quando você colocar sua mala no bagageiro sob o ônibus, não deixe nada de valor, pois muitas vezes locais vão nesses compartimentos com a intenção de abrir e procurar itens de valor na mala dos turistas, e como algumas viagens são longas 10 hr ou mais, eles terão tempo o suficiente para mexer na sua mala. Outra coisa é, preste atenção se tiver alguém andando de poltrona em poltrona observando os eletrônicos ou bens de valor que você tem. Se for uma viagem noturna, assim que as luzes se apagarem e todo mundo dormir, eles podem tentar te furtar. Eu tento viajar só com mala de mão, e mantenho itens importantes (passaporte, telefone, e outros eletrônicos) comigo a maior parte do tempo. Fiz somente o percurso Chiang Mai – Bangkok de ônibus e foi tudo tranquilo e levou em torno de 11 horas.

Eu no Tuk-tuk

Barcos são as opções óbvias para quem vai as ilhas, e também terá a opção dos barcos rápidos ou o tradicional barco longtail, que são menores, mas no geral são usados para curtas travessias.


O transporte nas cidades são feitos geralmente por ônibus, minivan, e songthaews (uma espécie de camionete ou caminhão com a parte traseira coberta e 2 longos bancos. Tem também os tuk-tuks e táxis.


Para você ter uma idéia de tempo aproximado, que leva para ir de ponto A até B nas modalidades de transporte disponível na seguinte ordem: avião, trem e ônibus.
Bangkok – Chiang Mai – 1hr (avião), 10-11hr (ônibus), 12-14hr (trem)
Bangkok – Phuket – 1hr 25 min, 14-16hr, sem trem direto
Bangkok – Krabi – 1hr 20 min, 12-14hr, sem trem direto
Bangkok – Surat Thani- 1hr 10 min, 10hr , 9-11hr 30 min

domingo, 20 de outubro de 2013

Tailândia: Chiang Mai

Chiang Mai é uma belezinha e tem uma atmosfera incrível. 

Uma cidade bem agradável para fazer uma parada de alguns dias.

Chiang Mai é uma cidade histórica recheada de atividades culturais e mercados para você visitar, mas aqui também é possível fazer tours, trilhas, cursos, entre muitas outras atividades. As opções são tantas que você pode passar a semana aqui e todo dia fazer algo diferente, e como a cidade não é muito grande e a maior parte das atrações da cidade estão localizadas na cidade antiga que é cercada por uma murada.


Mas no geral muita gente vem aqui para fazer trilhas, ver as cachoeiras, as tribos que vivem por aqui, os templos, e alguns dos centros de animais locais, e eu vim para cá fazer um pouco de tudo isso.


Nos 2 primeiros dias fiquei por ali só andando e me ambientando ao local. O albergue que eu fiquei era terrível, o quarto dormitório com banheiro era uma bagunça, e estava cheio de gente sem consideração e para piorar o colchão na cama era tão ruim que ficava caindo da cama, imagina o medo de cair de cima da beliche? O nome do lugar é A Little Bird Guesthouse e não recomendo. 



Há templos incríveis por aqui, porém, se você não tiver muito tempo ou paciência e for ver um só templo o principal aqui é o Wat Phra Singh, onde está a imagem de Phra Singh. Aqui uma senhorinha tinha vários passarinhos em pequenas gaiolas de bambu, e me disse que por um dinheiro eu podia soltar um passarinho, fiquei com dó, e não sabia se era pior soltar o bichinho ou sustentar um negócio não muito bacana.  



Um outro templo não muito longe daqui é o Wat Chedi Luang construido por ordem do Rei Saeng Muang Ma em1401, e aumentado em altura (86 m) por ordem do rei Tilo-Garaj em 1454, porém depois de um terremoto em 1545 o templo ficou em ruínas até 1991-92 quando foi reconstruído. Tem ainda a Wat Suan Dork, onde está as cinzas da antiga família real de Chiang Mai. 


Se você estiver interessado em aprender um pouco sobre a história, costumes e cultura da cidade e região uma boa pedida é o Centro de Artes e Cultura da Cidade de Chiang Mai (Chiang Mai City Art and Cultural Centre).  



Para quem gosta de animais há vários centros aqui. Dependendo do seu pacote você poderá alimentar o bicho, banha-lo, andar de elefante, entre outras coisas, porém pesquise bem. Um dos centros é o Elephant Nature Park, que é um hospital para elefantes doentes, você pode organizar uma visita ou até ser voluntário por uma semana ou duas para aprender mais sobre esses animais.



Outra opção de visitas a animais é o centro de tigres chamado Tiger Kingdom, esse um pouco longe do centro da cidade - 15 minutos, porém é possível organizar um tuk-tuk para te trazer aqui e esperar até você ir embora. O dia que eu fui estava um calor incrível, cheguei em torno do meio dia. E logo na entrada fiquei vendo um enorme tigre de 18 meses se exercitar na piscina. Muita gente fala que esses animais estão lá drogados e por isso não atacam um visitante, a verdade é que dependendo do horário que você for, como grande gatos eles podem estar mais agitados ou menos agitados, principalmente no pico de calor, onde eles só querem descansar. 



 Paguei em torno de 25 dólares para passar 10 minutos com os tigres bebês de 3 meses, e 15 minutos com os tigres adultos, e mais fotos profissionais com os tigrinhos. Para tudo isso você tem de assinar um termo de contrato, que caso você venha ser atacado o lugar vai cobrir com suas despesas médicas, mas basicamente você não pode processa-los já que foi sua livre escolha de entrar na área dos bichos. Essa parte burocrática me deixou com medo, porém os tigres maiores todos tem cuidadores que estão lá para evitar qualquer acidente. Mas mesmo assim lembre-se que esses animais são selvagens e podem sim atacar.  Bom, eu adorei a experiência e recomendo.  


Antes de entrar com os tigrinhos você tem de lavar a mão e o braço até a altura do cotovelo, tirar os sapatos, e seguir as orientações dos cuidadores, que incluem não pegar os animais no colo ou tocá-los na cabeça. Esses animais são nascidos no centro, e só podem ficar em contato com os visitantes até completarem 18 meses, já que depois disso ficam muito agressivos. Os tigrinhos são uma fofura sem fim. Os animais em torno de 6 meses a 1 ano são super agitados, e pulam em tudo, por isso achei que não queria chegar perto desses. Já os grandões, bom esses eu estava com um medo quase absoluto de entrar na área deles. Depois de observar por quase 30 minutos o vai e vem das pessoas tomei coragem. Os cuidadores falaram que não era para chegar perto da cabeça do bicho ou da parte da frente do corpo, aproximação só por trás. Logo que entrei cuidadores se ofereceram para tirar fotos com a minha câmera (paguei o profissional só para as fotos com os tigrinhos), e me falou para sentar atrás do tigre que estava deitado e muito acordado. Assim que sentei senti uma pancada nas costas que fez meu coração quase parar, o tigre tinha literalmente me dado uma rabada, quase como quem diz ‘Olha lá hein?’

Fui então passar a mão em outro tigre, que parecia adormecido, e estamos lá tirando várias fotos quando o bichano me abre os olhos e me dá um olhar matador, e como o tempo já estava acabando achei que já estava na hora de sair dali, afinal no final daquele dia eu ia fazer trilha, e precisa estar com todos os meus membros completos.


Sai para fazer a trilha de 2 dias e uma noite pelas matas de Chiang Mai, e achei que a caminhada seria divida em 2 dias, porém logo no primeiro dia andamos mais de 4 horas mata adentro, em um calor e umidade de matar. Reservei o passeio pelo meu albergue e paguei em torno de 9 dólares. O sucesso do seu passeio vai depender do seu grupo, e dei sorte de estar com um grupo bem legal que incluía um Canadense, quatro americanos e dois rapazes de Cingapura. Todo mundo muito legal, o mais engraçado era que uma das meninas tinha aflição de insetos, e dai você se pergunta o que você vai fazer no mato? Risadas não faltaram. Depois de toda a andança chegamos a uma tribo local onde jantaríamos e passaríamos a noite. A tribo era a Karen, famosa pelas mulheres de pescoços alongados, ou long necks, aquelas mulheres que colocam argolas no pescoço. Curiosamente os homens e mulheres não ficam na mesma área da tribo então aqui só estavam os homens e as crianças. 





Sobre essas pessoas da tribo de Karen, acho a situação super triste. Essas mulheres ficam em um lugar durante o dia que você pode visita-las e vê-las fazendo trabalhos manuais, você tem de pagar uma taxa que vai direto para a fundação e tecnicamente apoia essas pessoas. Essa tribo é originada em Myanmar e foi para a o Norte da Tailândia como refugiados. Embora seja uma tradição horrível colocar as argolas no pescoço, já que as meninas começam em torno dos 6 anos e adicionam as argolas até os 16 anos, essas argolas veem eventualmente quebrar a clavícula e costelas dessas mulheres,  já que são bem pesadas, em caso sejam removidas causariam colapso do pescoço que chega a ser alongado 30 cm, e morte por sufocamento. Essa tradição ainda existe até hoje devido ao turismo, que transforma esse lugar em zoológico humano. Ao mesmo tempo a condição de refugiados dessas pessoas não os permite trabalhar para ter uma vida mais digna e dependem do dinheiro do turismo. Situação difícil!


Enfim, no nosso passei tudo era muito simples e os locais foram muito acolhedores, a acomodação incluía uma grande tenda de madeira e bambu, com vários colchonetes no chão e telas individuais contra insetos, os
banheiros eram simples também um lugar com um buraco no chão, e um chuveiro de água fria, ambos em uma cabaninha de madeira. No dia seguinte andamos por cerca de 30 minutos e chegamos ao nosso carro, onde fomos para o centro de elefantes, onde andaríamos nos animais por cerca de 15 minutos e podíamos comprar bananas. Achei a situação meio triste, e acabei não aproveitando muito. Depois seguimos para o White rafting. O rio parecia calmo, porém depois de algumas remadas, chegamos a uma área super agitada, dava até medo de o bote virar, mas no fim todos aproveitamos muito. Almoçamos e seguimos para uma cachoeira e depois voltamos para Chiang Mai, de onde eu seguiria em um ônibus noturno para Bangkok.

Adorei Chiang Mai, várias aventuras e oportunidades bacanas. Super recomendo.

Para quem tiver mais tempo outras cidades por perto são Chiang Rai e Pai. E ainda é possível ir para o Laos saindo do norte da Tailândia por Chiang Khong.