sábado, 24 de novembro de 2012

Egito: Cairo - Uma aventura cheia de desventuras

Cairo é uma cidade de 16 milhões de habitantes. Onde estão as famosas Pirâmides - a última das 7 maravilhas do mundo antigo que ainda resta; e também a Esfinge. Também há várias mesquitas na cidade e o Museu Egípcio, com muitos artefatos históricos incluindo artefatos encontrado na tumba do Rei Tutankhamun, bem como sua máscara dourada.

Foi um grande sonho andar de camelo pelo deserto e ver de pertinho as pirâmides, porém foi um lugar cheio de dificuldades, ou melhor uma aventura cheia de desventuras.

Em uma cidade tão grande você pode imaginar o caos que é o transito. Aqui também cavalos, carroças se misturam com carros, ônibus, caminhão, moto, e todas as outras coisas possíveis. Dá um medo terrível atravessar a rua (mas vou contar que uma vez que você adquire essa habilidade, vai notar que é muito útil em outros lugares como no Vietnã). 

Cheguei no Cairo depois de uma das jornadas de trem mais longas da minha vida. Sabe aquela história de viagens de trem onde vendem de tudo por 12 horas seguidas enquanto você tenta relaxar e dormir? Então foi bem isso. Eramos as únicas mulheres no nosso vagão, e as únicas "ocidentais", para ajudar, o trem é como um ônibus vai subindo gente, não importa se havia lugar para sentar ou não. E lá fomos nós por 11 horas seguidas. Como eu estava sentada na poltrona do corredor quase não dormi. Saímos de Assuão (Aswan) por volta das 19 horas e chegamos no Cairo em torno das 8 da manhã. A cada parada um garoto gritava pelo trem inteiro todas as coisas que ele estava vendendo. Também a cada parada, o cobrador de ticket me acordava para pedir o ticket. Mas pera aí, era o mesmo cobrador, estávamos na mesma poltrona a viagem inteira e eramos as únicas turistas. Até a hora que eu perdi a paciência e disse "não me pergunte mais pelo ticket". Bom, e ele não perguntou. Quero recomendar que compensa pagar o ticket mais caro para você descansar. Caso contrário vá de avião.

Logo que chegamos no Cairo pegamos o metrô para tentar encontrar nosso hotel/albergue. Assim que entramos no vagão com nossas mochilas imensas todo mundo nos ofereceu um assento, logo notamos que em nosso vagão só havia mulheres acompanhadas. As outras mulheres não andam de metrô? Percebemos então que o metrô na cidade tinha um vagão só para mulheres. Recomendo o vagão, pois ajuda a evitar assédios de qualquer tipo (embora não tivemos nenhum problema no outro vagão).

Aliás em termos de transporte público, recomendo que se use metrô e taxi (e esse com cautela), só pegue um ônibus se você quiser uma aventura extra. Por algum motivo não li essa pagina no meu Lonely Planet e tentamos pegar um ônibus para as Giza,  para ver as Pirâmides. Levamos cerca de 40 minutos para achar um ônibus e mais 4 horas em um ônibus lotado até Giza, quando chegamos o motorista disse, "não não fiquem no ônibus, seu ponto é o próximo."Assim que chegamos no próximo ponto ele nos cobrou a mais e ainda trancou a porta e só sairimos se pagassemos a quantidade de dinheiro que ele queria. Ou seja EVITE OS ÔNIBUS. A pior parte, passamos esse estresse, e assim que chegamos na entrada das pirâmides, adivinhe? Já tinha fechado pelo dia. Decidimos então andar um pouco para achar algo para comer. Depois pegamos um táxi para a Estação de Metrô de Giza e de lá seguimos para nosso albergue.


Nosso Albergue chamava-se Dahab e não recomendo. Embora esteja bem localizado, é um lugar meio sujo, cheio de gatos andando pelo lugar. Como eu não havia dormido no trem, precisava de uma boa noite de sono para enfrentar as pirâmides no dia seguinte.

Porém, meu sono não foi dos melhores, levei uma picada de algum inseto no braço no meio da noite, que me deu uma reação alérgica terrível e ainda por cima inchou e doía terrivelmente. Para piorar passei a ter um desconforto gástrico, e passei o resto da noite indo ao banheiro.

No dia seguinte as coisas prometiam melhorar. Acordamos e pegamos o metrô para Giza, de lá procurariamos um taxi para as Pirâmides. Assim que saimos da estação todos os taxistas queriam estorquir a gente, e um rapaz se aproximou e disse: "estou indo na direção das pirâmides e levo vocês até lá perto, os taxistas vão cobrar demais, vamos de ônibus". Muito simpático o moço, nos falou qual van/onibus pegar e foi com a gente até a maior parte do percurso, até que ele perguntou "vocês vão andar de camelo?" dissemos que gostariamos mas que iamos primeiro comprar o ingresso e andar por lá. Ele disse que sabe que é comum os egípcios cobrarem muito mais de turistas, mas disse que amava o país dele e queríamos que fossemos embora com uma boa impressão do povo. O passeio dos camelos deveria tecnicamente ter preço fixo, já que é estipulado pelo governo, mas como vocês podem imaginar, as coisas não são bem assim.

Ele disse que nos levaria até os camelos, pois se comprássemos um ticket para entrar sem acompanhamento egípcio, cada segurança que nos parasse dentro da região das pirâmides ia exigir mais dinheiro (saco... estava cansada da extorsão constante). Você tem de checar as condições dos camelos e discutir o preço do tour e por quanto tempo. Fizemos isso.. e concordamos o preço. O rapaz disse: Não! E falou o seguinte para o "cameleiro" "essas moças são minhas amigas, você vai fazer um preço melhor para elas, esse é muito caro, e depois do tour você vai levá-las até o ponto de ônibus e coloca-las no ônibus." Negociamos de novo, um preço melhor, promessa de nos levar ao ponto de ônibus e ainda disse "não pague mais do que tanto no onibus (não lembro o valor, vou chamar de x)." Teriamos de trocar de ônibus uma vez, até chegar na estação de metro.

Aqui o sonho começa a se tornar real, fomos na nossa jornada até o pé de uma das pirâmides - são várias. É de tirar o ar, pensar que você está ali. Lugar que viu tantas vezes nos livros, e ouviu falar dos mistérios de como foi construído e etc. O guia explicou um pouco sobre a região, e nos levou até a esfinge. Cada vez que desciamos do camelo ele dizia "não fale com ninguém". Logo que chegamos na esfinge um menino se aproximou e disse "Ah vocês estão com o Hussein? Ele é meu tio... venha venha..." e saímos correndo atrás do garoto, ele explicava as coisas, tirava foto, e dizia "andem andem, vai fechar em 5 minutos" corremos igual duas loucas. No final ele queria dinheiro, quando dissemos que não ele saiu furioso. Saímos da esfinge e contamos a Hussein o ocorrido e ele disse "eu disse para não falar com ninguém, se a próxima pessoa disser que é meu irmão, meu pai, meu filho... ainda assim vocês não falem com ninguém". Risos.. tá certo, somos mudinhas nos camelos. Bom, isso tudo foi um scam, tem outros, os mais comuns é alguém pedir para ver seu ticket e depois tomar o ticket de você e começar um tour. Não tente subir nas pirâmides, é proibido e perigoso, o segurança pode tomar alguma atitude e te cobrar uma taxa a mais.

O Hussein (cameleiro) disse que acreditava que tudo aquilo foi construído por extraterrestres.  A região das pirâmides é uma necropolis, espécie de cemitério, onde os nobres eram enterrados, incluindo três faraós - Khufu, Khafre e Menkaure. Quando fui não era possível entrar dentro das Pirâmides. Também ouvi que a Esfinge está sendo destruída por dentro, depois de tantas tentativas de reconstrução há um problema estrutural por dentro dela.

O rapaz nos levou até o ponto de ônibus depois, sem cobrar nada extra, mas assim que subimos na van adivinha? O motorista queria nos cobrar o dobro do valor, pedimos para descer falamos que não pagaríamos. Andamos até o ponto onde pegaríamos o segundo ônibus, e um grupo de adolescentes se aproximou, queriam conversar, disse que iam a estação de metrô também. Inclusive pagaram o primeiro ônibus para a gente, estavam sendo gentis. O ônibus porem quebrou no meio do caminho e lá fomos nós de novo. Conversaram com a gente até a estação e de lá seguimos para nosso albergue, para pegar nossa condução para Dahab, no mar vermelho, nossa próxima parada.

A verdade é que ser turista sem grupo no Egito não é fácil, na cidade do Cairo ainda mais difícil. O dinheiro extra que te cobram é irrisório, porém é a falta de ética que acaba incomodando. Se puder estar acompanhada por um local, melhor ainda. Achei visitar as pirâmides imperdível. E embora eu tenha ficado doente, foi por puro azar, já que minha amiga não teve problema nenhum.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Egito: Assuão (Aswan) & Abu Simbel

Pegamos o trem de Luxor para Assuão, jornada relativamente rápida - 3:45 minutos. Os trens são tranquilos e confortáveis, alguns tem ar condicionado, depende do vagão que você escolher. Pegamos os da 18 horas, custou em torno de $2, vagão sem ar condicionado.

Chegamos em Assuão as 22 horas, horário terrível,  não tinha reserva em albergue ou hotel e embora eu tivesse o endereço de um hotel em mãos não conseguia achar o endereço e ninguém estava dando uma informação correta. Enfim encontramos um senhor na rua que era o gerente do hotel que procurávamos, nos fez um bom desconto já que não ficaríamos mais do que 5 horas no lugar e ainda organizou a nossa viagem para Abu Simbel para o dia seguinte.

 O passeio para Abu Simbel começou as 4 da manhã. Uma van nos pegou no hotel e nos levou para o lugar de onde todos as vans e ônibus saiam. Todos os tours saem no mesmo horário e são escoltados pela policia, tanto na ida quanto na volta, isso porque há alguns anos atrás teve um atentado terrorista que levou vários turistas a morte. Em um país que depende muito dos turistas eles tem certos cuidados para que não haja publicidade ruim. Quando você viaja pela região de plantação de cana de açúcar, estas só podem estar a 400 metros das estradas, pois teve um ataque terrorista anos atrás, os caras atiraram nas vans e depois correram para a cana.

Enfim, o passeio foi bem tranquilo. Quando você chega em Abu Simbel você encontra uma espécie oásis com areas verdes, arvores e algumas lojinhas. 

Abu Simbel é muito impressionante. Toda a história que envolve o plano de resgate da UNESCO até o transporte de parte por parte dos templos morro acima para evitar que as águas do Lago Nasser submergissem os templos para sempre é incrível. 

Foto tirada do lado de fora usando zoom
O Grande Templo de Ramses II foi reconstruido em uma montanha falsa. Tudo ali é recriado, você até imagina se parte das pinturas não foram recriadas "do nada". Você não pode tirar fotos dentro dos templos sob o risco de estragar as pinturas, porém milhares de passarinhos voam dentro do templo o tempo todo fazendo ninho e defecando no lugar estragando as pinturas....

Abu Simbel em si é um pequeno vilarejo, a 40km da fronteira do Egito com o Sudão, grande parte dos turistas não fica mais do que algumas horas no lugar. Realmente você chega no comboio e vai embora no comboio. No meio da tarde estávamos de volta a Assuão, de lá pegaríamos um trem noturno para o Cairo... outra aventura que contarei depois.

Se tiver tempo há outros templos na região de Assuão que foram removidos pela UNESCO devido as águas do Lago Nasser, incluindo o templo de Kalabsha e o templo de Philae. No lado Oeste do Rio é possível visitar as Tumbas dos Nobres e o Monastério de St Simeon.

domingo, 18 de novembro de 2012

Egito: Luxor

Egito! Um lugar cheio de história que cativa a mente de muita gente. Passei anos olhando itinerários, pensando em fazer um tour em grupo e etc, já que tinha medo de ir mochilar sozinha, no fim acabei que fui com um amiga e Março de 2011 embarcamos em uma grande aventura.

Nosso passeio começou com um voo Londres - Luxor de Easyjet. Logo que chegamos o primeiro susto, as pessoas estavam anunciando por táxis logo que descemos do avião e nem tínhamos entrado no terminal. O visto tinha que ser pago na hora, o que vira uma enganação já que o visto custa 15 dollares, mas se você veio do Reino Unido seu visto custa automaticamente 15 libras esterlinas, e você pode bater o pé discutir e etc que não adianta. Ligamos para nosso albergue e arranjamos que o dono viesse nos buscar, já que estávamos meio ressabidas de duas garotas pegar um táxi em um lugar totalmente desconhecido.

Não demorou muito e nosso transporte chegou e logo anunciou SEJAM BEM VINDAS AO NOVO EGITO. Cheguei logo depois da Revolução, os governos não estavam mais desencorajando turismo, porém muita gente ressabiada estava cancelando pacotes e voos, e eu passei anos programando aquela viagem e não queria desistir.
No mais o que encontrei foi uma situação de paz. Pessoas esperançosas com a saída de Mubarak. Menos corrupção e um um futuro melhor.

Luxor está localizado a margem do rio Nilo, onde vários cruzeiros param todos os dias, porém a cidade em si parece um favelão, pois se o proprietário terminar a construção tem de pagar 40% do valor da propriedade em impostos por ano, então ninguem termina nada. Nosso albergue New Everest Hotel estava em uma área nobre da cidade e mesmo assim não parecia muito melhor que os vizinhos. O dono do albergue, Hussein, era muito atencioso, nunca vi ninguém tão disposto a ajudar e dar dicas. Organizava tudo para nós, até um almoço egipício ele cozinhou. A acomodação era de fato bem simples. Pegamos um quarto com duas camas (2 euros por pessoa), banheiro compartilhado e café da manhã incluso. Banheiro somente com água gelada, portas que mal trancavam, uma limpeza meio suspeita, de modo geral, se não for em resort, essa é a regra no Egito.

Naquela época depois da revolução Luxor foi de 6 mil visitantes por dia para a menos de 600 (e imagino que seja menos ainda pois dava para contar nos dedos os turistas). As pessoas eram muito simpáticas e atenciosas, porém estavam desesperadas por dinheiro, tentavam te vender de tudo o tempo, a situação de magreza dos cavalos e burricos era de dar pena. Os carroceiros diziam que não tinha turista e dessa forma não podiam alimentar os bichos.


De fato gostamos muito de Luxor. Tem bastante coisa interessante para fazer por lá incluindo o templo de Karnak (meu favorito, com vários templos, incluindo o maior do mundo com mais de 130 colunas gigantescas todas detalhadas com diferentes desenhos e também o obelisco da Rainha Hatshespsut), o templo de Luxor (no centro da cidade, é um museu a céu aberto).

Outra opção é um passeio de um dia inteiro pelo vale dos Reis (onde há uma dezena de tumbas incluindo a de Tutankhamun), O Templo de Memnon (com duas estatuas de Amenophis II), e o templo da Rainha Hatshesput (um templo dedicado ao deus Sol, Amon-Ra, com muitas colunas, estatuas, pinturas e entalhes que resistem ao tempo).


 Em Luxor ainda é possivel fazer um passeio de barco pelo Nilo, passear de balão e ainda pegar um cruzeiro para Assuão.

Nossa opção foi seguir para Assuão (Aswan) de trem. Mas isso eu conto no próximo post.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Holanda: Roterdã, Haia, Leida, Delft e Amsterdã



Fui para Roterdã em um trem saindo de Antuérpia, e o trem atrasou atrasou atrasou, acabei chegando quando já estava de noitinha.

Roterdã é maior porto da Europa e já foi um dos maiores do mundo, com 48 km de extensão, muita da história europeia aconteceu aqui. O porto que trouxe muito sonhos, pessoas e mercadorias para serem distribuídos pela Europa. 

A cidade é conhecida como a cidade da arquitetura, aqui tem muita coisa diferente, incluindo as casas de cubo. Aqui ainda tem muitos museus, igrejas históricas, jardins e monumentos para visitar incluindo a prefeitura e a estatua de Erasmos. Um outro passeio é subir o Euromast, que te proporciona uma vista completa da cidade. O ticket custa 8.90 euros.

Pelo interior da Holanda pude conhecer a hospitalidade holandesa, todo mundo se oferece para tirar uma foto sua se perceberem que você esta tentando tirar uma foto sozinha, e aquela lenda sobre as bicicletas? Sim sim todos andam de bicicleta na Holanda, é o modo de vida deles, e tem de ter cuidado pois muitas das via de bicicletas são na calçada, felizmente não fui atropelada por nenhuma, porém vi muita gente caindo...

Em Roterdã fiquei em um albergue baratíssimo, pasmem 10 euros a noite com café da manha incluso. Porém o albergue tinha somente dois quartos, um misto e um feminino. O misto tinha 120 camas (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh) e o feminino tinha 28. O lugar não era lindo, e o colchão fazia um pouco de barulho, porém pelos 10 euros, estava é muito bom, os banheiros eram limpinhos. Quando penso nesses quartos imensos normalmente me preocupo com segurança e bagunça, e para minha surpresa não encontrei nenhum tipo de problemas.
 
De Rotterdã peguei o trem a Haia (The Hague), a capital administrativa da Holanda, e terceira maior cidade do país! Aqui o antigo castelo construído por Guilherme da Holanda, virou a sede governamental da cidade e a vista é deslumbrante, a cidade é cheio de arquiteturas modernas.

Na volta parei em Delft, e nada havia me preparado para o que encontraria em lá, definitivamente minha cidade holandesa favorita. A cidade é cheia dos canais, onde as portas de algumas casas é o canal. Lindo, as ruazinhas mediáveis, as igrejas antigas e novas. Recomendo subir na torre da Nieuwe Kerk (Nova Igreja) de onde é possível ver Roterdã, Haia e Leida. Fantástico... recomendo uma visita.

Voltei a Roterdã e no dia seguinte seguiria para Amsterdã com uma parada em Harlem. O trem ia parar também em Leida (Leiden) e eu tinha ouvido em algum lugar algo sobre essa cidade, e antes de chegar a estação eu tinha visto alguns moinhos da janela, então resolvi as pressas saltar do trem. Detalhe esse foi o único dia que eu tinha ambas as minhas mochilas, e não estava disposta a largar as mochilas na estação por 4 euros. Como a idéia era só ver o moinho perto da estação e me mandar resolvi que ia mesmo com as mochilas. 

Avistei o moinho e  um laguinho super charmoso resolvi continuar a caminhada pela cidade, até descobrir que Leida, que já foi a segunda maior cidade da Holanda, é a cidade de ninguém menos que Rembrandt, sim aquele pintor, aprendi um pouco sobre a história de Rembrandt (Rembrandt foi educado e aos 14 anos, quando todos começavam a aprender uma profissão, foi para a universidade, que ele largou em 3 meses, pois queria ser pintor, e já tinha trabalhado em ateliê por algum tempo, porém a vida em Leida, não parecia dar certo então ele seguiu para Amsterdã), vi a prisão, estive no antigo forte (que era no topo de um morro, e lá vou eu com as minhas mochilas), para piorar, eu me perdi. Assim que eu resolvi ir embora, resolveu cair uma chuva pesada, e tira mochila, procura o guarda-chuva, põe a capa, assim que todos os meus acessórios para chuva estavam prontos para continuar na minha aventura adivinhe? Parou a chuva... e não foi a única vez - bem vindo a Holanda.

 
 Bom, fui embora já com saudades de Leida, porém ia seguir para Harlem e depois Amsterdã, porem peguei o trem errado e esse não ia parar em Harlem, então esse terá que ficar para a próxima viagem ;-) 





 A minha chegada em Amsterdã:
Bom.. eu estava super empolgada com Delft e Leida, minhas cidades favoritas na Holanda, e a chegada a Amsterdã não me impressionou, muita gente, muitos canais, tenho que achar o albergue. Amsterdã é pequena, então achei que não seria muito difícil tinha mais ou menos uma idéia de onde ir. Começo minha caminhada e passado uns 10 minutos olho para a esquerda e tem uma mulher quase pelada com os peitos colado no vidro! Nossa, o que é isso? Quando vi todas as outras mulheres estavam em trajes parecidos, e lá estava eu no Red District, o famoso lugar das mulheres de programa, muita bebida e maconha (os últimos dois você compra pela cidade toda). Eu tinha uma idéia diferente do tal do Red District, e já tinha ouvido falar histórias absurdas sobre mulheres sozinhas na cidade que são roubadas e desaparecem, e etc, mas o Red District é supreendemente seguro e o lugar mais movimentado de Amsterdã a noite.

O que realmente o que movimenta grande parte dos turistas são as liberdades locais, e eu como já estava cansada de ver canais e como não sou adepta de nenhuma das legalidades locais, achei tudo meio chato, as pessoas, estão meio “altas” e de cara fiquei frustrada com Amsterdã, queria ir embora! No dia seguinte, porém meu humor mudou, fui comprar meu Amsterdã passe que me dava direito a entrar nos museus (não todos) de graça, fazer meu passeio de barco, e até de graça comi.
 
Experiências: museu de Van Gogh (ver de perto as obras de Van Gogh é uma experiência única), Rijksmuseum (com muitas pinturas de Rembrandt, de seu amigo Leivens e de seu mestre Lastman) são fantásticos, ainda aproveitei para ir a casa que Rembrandt morou, e foi fantástico pois pude ver como eram as casas antigas. Sabiam que eles tinha camas na cozinha e na sala de estar? Sabiam que por mais que eles tivessem bomba, para bombear água para a casa, eles não bebiam água e sim uma cerveja mais fraca? Ainda na casa, em uma das salas onde Rembrandt fazia suas prensas, pude aprender as diferentes maneiras de fazer as tals cópias, com um instrutor. Sabia que se usava pele de cachorro para limpar as placas de cobre, e remover excessos de tinta? Experiência fantástica (eu sei repeti muito a palavra fantástico nesse parágrafo.. mas foi sim F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O).
 
Acabei não conseguindo ir ao museu Van de loo, que era a casa de um dos co-fundadores da Dutch West Índia Company (companhia das índias), e nem a casa de Anne Frank (onde ela e mais sete judeus se esconderam durante a tomada de Amsterdã pelos Alemães, ate serem denunciados).

Bom, acabei indo embora e confesso que adorei Amsterdã.

Agora deixem eu contar algumas curiosidades:
Na Bélgica e Holanda e possível ver mictórios públicos, ou seja, os homens não precisam ir ao muro mais próximo, porém e as mulheres? Bom, galera na Holanda e Bélgica todos os banheiros públicos, são pagos, e pasmem aqueles viajantes que sempre param no McDonalds mais próximo, por lá até no McDonalds você tem de pagar e nem importa se você vai comer no local ou não...

Esqueci de mencionar que acabei não conseguindo ir ao Distrito Judeu em Antuérpia ver o museu dos diamantes, só vi as joalherias, porém em Amsterdã tive a oportunidade de ver a indústria do diamante de perto, fui a um tour em uma empresa, e eles te contam tudo sobre o polimento, de diamante, os tipos, as cores, então a menos de meio metro de distância pude acompanhar ao trabalho dos polidores. Como pedrinhas tão pequenas podem ser valiosas? depois do tour, essa parte a mulherada adora, podemos experimentar todos os anéis de diamantes....