O título desse post
não se refere as aventuras de James Bond, mas a minha viagem em Março de 2011
até as terras quase polares da Rússia.
Escolhi fim de Março, pois esperava
temperaturas baixas, porém mais amenas, e não um -10C em São Petersburgo e
constante 0 e -1C em Moscou, sem contar a neve diária.
Uma pessoa tem de
conhecer as temperaturas baixas de certas regiões para apreciar o calor
tropical de outras. Viajar no frio não é tarefa fácil. A mochila pesa mais, as
roupas no seu corpo pesam mais, ficar andando no frio o dia inteiro fica bem
cansativo. E de modo geral no inverno europeu os dias são bem mais curtos.
Mas ir a Rússia era um
sonho. Por muitos anos brasileiros precisavam de visto para ir até aquele país,
como ainda precisam a maioria dos outros viajantes, por esse motivo a Rússia
não é um lugar cheio de mochileiros ou viajantes solos. Atualmente brasileiros não se precisam mais aplicar para
um visto, o que facilita bastante o planejamento da viagem. Porém, como está
não é uma informação muito divulgada e como é um tanto recente, muita gente não
sabe disso e meu problema começou logo aí.
Para cortar custos, eu
peguei um voo de Londres para Riga na Letônia e voaria de volta saindo de
Tallinn na Estônia. Em Riga, pegaria um ônibus noturno até Moscou. A moça que
cuida dos passageiros não queria me deixar embarcar, pois ela estava
verificando o passaporte de todos que estavam indo viajar, para evitar gasto e
tempo perdido com pessoas sem visto, uma vez que chegássemos na fronteiro. Bom,
eu não tinha um visto, e ela não queria me deixar embarcar. E como ela falava
pouco inglês, disse que eu não poderia. Eu tentei explicar que não precisava, e
até os passageiros sem envolveram na conversa com um ar de “você, brasileira,
não precisa de visto? Duvideodó!” Tentei explicar o acordo do Brasil, enfim a
moça chamou uma outra pessoa e eu expliquei de novo e ela me deixou subir mas
avisou “você vai ter problemas na fronteira”.
O ônibus ia por uma
estrada escura e deserta. Lá fora só neve. Logo que chegamos na fronteira da
Letônia com a Rússia, sem maiores problemas, depois imigração Russa, desce todo
mundo do ônibus, mala e passaporte em mãos, a mocinha esquece de me entregar um
documento que tenho que preencher, sou a última da fila, assim que chego no
oficial, ela olha me passaporte, olha o sistema, olha mais o sistema, e dai
finalmente pergunta em inglês “vai para Moscou?” “Sim” eu respondo, passaporte
carimbado e pronto.
Nessa hora fica a
dica, ninguém tem muita informação e até aquele momento nem os oficiais tinham
muita informação, mas vá sem medo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário