Fui para Roterdã em um trem saindo de Antuérpia, e o trem atrasou atrasou atrasou, acabei chegando quando já estava de noitinha.
Roterdã é maior porto da Europa e já foi um dos maiores do mundo, com 48 km de
extensão, muita da história europeia aconteceu aqui. O porto que trouxe muito
sonhos, pessoas e mercadorias para serem distribuídos pela Europa.
A cidade é conhecida como a cidade da arquitetura, aqui tem muita coisa diferente, incluindo as casas de cubo. Aqui ainda tem muitos museus, igrejas históricas, jardins e monumentos para visitar incluindo a prefeitura e a estatua de Erasmos. Um outro passeio é subir o Euromast, que te proporciona uma vista completa da cidade. O ticket custa 8.90 euros.
Pelo
interior da Holanda pude conhecer a hospitalidade holandesa, todo mundo se
oferece para tirar uma foto sua se perceberem que você esta tentando tirar uma
foto sozinha, e aquela lenda sobre as bicicletas? Sim sim todos andam de
bicicleta na Holanda, é o modo de vida deles, e tem de ter cuidado pois muitas
das via de bicicletas são na calçada, felizmente não fui atropelada por
nenhuma, porém vi muita gente caindo...
Em
Roterdã fiquei em um albergue baratíssimo, pasmem 10 euros a noite com café da
manha incluso. Porém o albergue tinha somente dois quartos, um misto e um
feminino. O misto tinha 120 camas (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh) e o feminino tinha
28. O lugar não era lindo, e o colchão fazia um pouco de barulho, porém pelos 10 euros, estava é muito bom, os
banheiros eram limpinhos. Quando penso nesses quartos imensos normalmente me
preocupo com segurança e bagunça, e para minha surpresa não encontrei nenhum
tipo de problemas.
De
Rotterdã peguei o trem a Haia (The Hague), a capital
administrativa da Holanda, e terceira maior cidade do país! Aqui o
antigo castelo construído por Guilherme da Holanda, virou a sede governamental
da cidade e a vista é deslumbrante, a cidade é cheio de arquiteturas modernas.
Na volta
parei em Delft, e nada havia me preparado para o que encontraria em lá,
definitivamente minha cidade holandesa favorita. A cidade é cheia dos canais,
onde as portas de algumas casas é o canal. Lindo, as ruazinhas mediáveis, as
igrejas antigas e novas. Recomendo subir na torre da Nieuwe Kerk (Nova Igreja) de onde é possível ver Roterdã, Haia e Leida. Fantástico... recomendo uma visita.
Voltei a Roterdã e no dia seguinte seguiria para Amsterdã com uma parada em Harlem. O trem ia parar também em Leida (Leiden) e
eu tinha ouvido em algum lugar algo sobre essa cidade, e antes de chegar a
estação eu tinha visto alguns moinhos da janela, então resolvi as pressas
saltar do trem. Detalhe esse foi o único dia que eu tinha ambas as minhas
mochilas, e não estava disposta a largar as mochilas na estação por 4 euros. Como
a idéia era só ver o moinho perto da estação e me mandar resolvi que ia mesmo
com as mochilas.
Avistei o moinho e um laguinho super charmoso resolvi continuar
a caminhada pela cidade, até descobrir que Leida, que já foi a segunda maior
cidade da Holanda, é a cidade de ninguém menos que Rembrandt, sim aquele
pintor, aprendi um pouco sobre a história de Rembrandt (Rembrandt foi educado e
aos 14 anos, quando todos começavam a aprender uma profissão, foi para a
universidade, que ele largou em 3 meses, pois queria ser pintor, e já tinha
trabalhado em ateliê por algum tempo, porém a vida em Leida, não parecia dar
certo então ele seguiu para Amsterdã), vi a prisão, estive no antigo forte (que
era no topo de um morro, e lá vou eu com as minhas mochilas), para piorar, eu
me perdi. Assim que eu resolvi ir embora, resolveu cair uma chuva pesada,
e tira mochila, procura o guarda-chuva, põe a capa, assim que todos os meus
acessórios para chuva estavam prontos para continuar na minha aventura adivinhe? Parou a chuva... e não foi a única vez - bem vindo a Holanda.
Bom, fui
embora já com saudades de Leida, porém ia seguir para Harlem e depois
Amsterdã, porem peguei o trem errado e esse não ia parar em Harlem, então esse
terá que ficar para a próxima viagem ;-)
A minha
chegada em Amsterdã:
Bom.. eu
estava super empolgada com Delft e Leida, minhas cidades favoritas na Holanda,
e a chegada a Amsterdã não me impressionou, muita gente, muitos canais,
tenho que achar o albergue. Amsterdã é pequena, então achei que não seria muito difícil tinha mais ou menos uma idéia de onde ir. Começo minha caminhada e passado uns 10 minutos olho para a esquerda e tem uma mulher
quase pelada com os peitos colado no vidro! Nossa, o que é
isso? Quando vi todas as outras mulheres estavam em trajes parecidos, e lá
estava eu no Red District, o famoso lugar das mulheres de programa, muita
bebida e maconha (os últimos dois você compra pela cidade toda). Eu tinha uma
idéia diferente do tal do Red District, e já tinha ouvido falar histórias
absurdas sobre mulheres sozinhas na cidade que são roubadas e desaparecem, e
etc, mas o Red District é supreendemente seguro e o lugar mais movimentado de
Amsterdã a noite.
O que realmente o que movimenta grande parte dos turistas são as liberdades locais, e
eu como já estava cansada de ver canais e como não sou adepta de nenhuma das
legalidades locais, achei tudo meio chato, as pessoas, estão meio “altas” e de cara
fiquei frustrada com Amsterdã, queria ir embora! No dia seguinte, porém meu humor
mudou, fui comprar meu Amsterdã passe que me dava direito a entrar nos museus
(não todos) de graça, fazer meu passeio de barco, e até de graça comi.
Experiências:
museu de Van Gogh (ver de perto as obras de Van Gogh é uma experiência única), Rijksmuseum
(com muitas pinturas de Rembrandt, de seu amigo Leivens e de seu mestre
Lastman) são fantásticos, ainda aproveitei para ir a casa que Rembrandt morou,
e foi fantástico pois pude ver como eram as casas antigas. Sabiam que eles
tinha camas na cozinha e na sala de estar? Sabiam que por mais que eles
tivessem bomba, para bombear água para a casa, eles não bebiam água e sim uma
cerveja mais fraca? Ainda na casa, em uma das salas onde Rembrandt fazia suas
prensas, pude aprender as diferentes maneiras de fazer as tals cópias, com um
instrutor. Sabia que se usava pele de cachorro para limpar as placas de cobre,
e remover excessos de tinta? Experiência fantástica (eu sei repeti muito a palavra fantástico nesse parágrafo.. mas foi sim F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O).
Acabei não
conseguindo ir ao museu Van de loo, que era a casa de um dos co-fundadores da
Dutch West Índia Company (companhia das índias), e nem a casa de Anne Frank
(onde ela e mais sete judeus se esconderam durante a tomada de Amsterdã pelos
Alemães, ate serem denunciados).
Bom, acabei
indo embora e confesso que adorei Amsterdã.
Agora
deixem eu contar algumas curiosidades:
Na Bélgica
e Holanda e possível ver mictórios públicos, ou seja, os homens não precisam ir
ao muro mais próximo, porém e as mulheres? Bom, galera na Holanda e Bélgica
todos os banheiros públicos, são pagos, e pasmem aqueles viajantes que sempre
param no McDonalds mais próximo, por lá até no McDonalds você tem de pagar e
nem importa se você vai comer no local ou não...
Esqueci de
mencionar que acabei não conseguindo ir ao Distrito Judeu em Antuérpia ver o
museu dos diamantes, só vi as joalherias, porém em Amsterdã tive a oportunidade
de ver a indústria do diamante de perto, fui a um tour em uma empresa, e eles te
contam tudo sobre o polimento, de diamante, os tipos, as cores, então a menos
de meio metro de distância pude acompanhar ao trabalho dos polidores. Como
pedrinhas tão pequenas podem ser valiosas? depois do tour, essa parte a
mulherada adora, podemos experimentar todos os anéis de diamantes....
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