domingo, 18 de novembro de 2012

Egito: Luxor

Egito! Um lugar cheio de história que cativa a mente de muita gente. Passei anos olhando itinerários, pensando em fazer um tour em grupo e etc, já que tinha medo de ir mochilar sozinha, no fim acabei que fui com um amiga e Março de 2011 embarcamos em uma grande aventura.

Nosso passeio começou com um voo Londres - Luxor de Easyjet. Logo que chegamos o primeiro susto, as pessoas estavam anunciando por táxis logo que descemos do avião e nem tínhamos entrado no terminal. O visto tinha que ser pago na hora, o que vira uma enganação já que o visto custa 15 dollares, mas se você veio do Reino Unido seu visto custa automaticamente 15 libras esterlinas, e você pode bater o pé discutir e etc que não adianta. Ligamos para nosso albergue e arranjamos que o dono viesse nos buscar, já que estávamos meio ressabidas de duas garotas pegar um táxi em um lugar totalmente desconhecido.

Não demorou muito e nosso transporte chegou e logo anunciou SEJAM BEM VINDAS AO NOVO EGITO. Cheguei logo depois da Revolução, os governos não estavam mais desencorajando turismo, porém muita gente ressabiada estava cancelando pacotes e voos, e eu passei anos programando aquela viagem e não queria desistir.
No mais o que encontrei foi uma situação de paz. Pessoas esperançosas com a saída de Mubarak. Menos corrupção e um um futuro melhor.

Luxor está localizado a margem do rio Nilo, onde vários cruzeiros param todos os dias, porém a cidade em si parece um favelão, pois se o proprietário terminar a construção tem de pagar 40% do valor da propriedade em impostos por ano, então ninguem termina nada. Nosso albergue New Everest Hotel estava em uma área nobre da cidade e mesmo assim não parecia muito melhor que os vizinhos. O dono do albergue, Hussein, era muito atencioso, nunca vi ninguém tão disposto a ajudar e dar dicas. Organizava tudo para nós, até um almoço egipício ele cozinhou. A acomodação era de fato bem simples. Pegamos um quarto com duas camas (2 euros por pessoa), banheiro compartilhado e café da manhã incluso. Banheiro somente com água gelada, portas que mal trancavam, uma limpeza meio suspeita, de modo geral, se não for em resort, essa é a regra no Egito.

Naquela época depois da revolução Luxor foi de 6 mil visitantes por dia para a menos de 600 (e imagino que seja menos ainda pois dava para contar nos dedos os turistas). As pessoas eram muito simpáticas e atenciosas, porém estavam desesperadas por dinheiro, tentavam te vender de tudo o tempo, a situação de magreza dos cavalos e burricos era de dar pena. Os carroceiros diziam que não tinha turista e dessa forma não podiam alimentar os bichos.


De fato gostamos muito de Luxor. Tem bastante coisa interessante para fazer por lá incluindo o templo de Karnak (meu favorito, com vários templos, incluindo o maior do mundo com mais de 130 colunas gigantescas todas detalhadas com diferentes desenhos e também o obelisco da Rainha Hatshespsut), o templo de Luxor (no centro da cidade, é um museu a céu aberto).

Outra opção é um passeio de um dia inteiro pelo vale dos Reis (onde há uma dezena de tumbas incluindo a de Tutankhamun), O Templo de Memnon (com duas estatuas de Amenophis II), e o templo da Rainha Hatshesput (um templo dedicado ao deus Sol, Amon-Ra, com muitas colunas, estatuas, pinturas e entalhes que resistem ao tempo).


 Em Luxor ainda é possivel fazer um passeio de barco pelo Nilo, passear de balão e ainda pegar um cruzeiro para Assuão.

Nossa opção foi seguir para Assuão (Aswan) de trem. Mas isso eu conto no próximo post.

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