Em 2008 resolvi fazer um mochilão de 10 dias de Sevilha até Valência passando por Ronda, Cadiz, Arcos de La Frontera, Jerez de La Frontera e Granada, grande parte dessa viagem incluía seguir alguns passos do Imperdor Júlio Cesar, outras era para admirar a construções árabes por aqui, e por Último aproveitar a culinária, sol e praia da Espanha. Algumas coisas deram super certo, outras não tanto. Naquela época as cidades menores fora dos grandes centros como Madri e Barcelona não possuíam tantas opções de albergues/hostels como se tem agora.
Logo que cheguei em Sevilha entendi o porquê da ciesta espanhola. Na região de Sevilha, as temperaturas no verão variam entre 35 a 40 C durante o dia, principalmente durante a tarde. Depois de passar parte do dia andando, eu não conseguia entender como em um domingo não havia pessoas na rua. Claro, eu estava andando e derretendo, e elas estavam entocadas em casa fazendo ciesta (algo que com certeza eu faria no dia seguinte).
Sobre Sevilha, a cidade é linda e uma das maiores da Espanha! A catedral gótica é uma dasmaiores igrejas do mundo e é impressionante. Tem um órgão imenso, nada parecido com o que alguma vez eu tenha visto. E também, a região do altar é tão grandiosa que deve ter mais de 10 metros de esculturas de ouro (provavelmente todo proveniente da exploração espanhola das terras americanas. Você pode subir uma das torres, embora um pouco cansativo a vista é bem bonita. Aqui também é o lugar de descanso de Cristóvão Colombo.
Perto da catedral estão os Arquivos das Índias, com vários documentos sobre a época da comercialização (eu diria exploração) com as Américas, incluindo um diário de Colombo. Para quem lembra um pouquinho de história, os espanhóis tinham direito através do Tratado de Tordesilhas de grande parte das terras que hoje são o Brasil (central e norte) mas como eles estavam somente interessados no ouro e prata das outras regiões, deixaram aquelas terras para os nossos amigos portugueses). Nota histórica aparte, esta claro para mim para onde todo aquele ouro ia. A região de Andaluzia era à entrada de portos para essa área e o resto do mediterrâneo (estreito de Gibraltar).
Pertinho da catedral existe um palácio – o Alcazar. Digo para vocês que se eu tivesse todo o dinheiro do mundo, era esse palácio que eu compraria. Quase tudo aqui tem uma influência dos Mouros, e embora o Alcazar não tenha sido construído pelos Mouros, reflete muito o gosto dos reis da época. Tudo super detalhado, os azulejos são fantásticos, as portas de madeira e esculturas de madeira do teto são indescritíveis, e os jardins... Ah, os Jardins! Esses são infinitos e de tirar o folego. O lugar em si é grandioso.
Cheguei a Sevilha e na mesma noite a Espanha ganhou a Eurocopa, a cidade ficou em estado de festa, todos na rua cantando e celebrando juntos. Para quem gosta de futebol Sevilha é um prato cheio, por aqui você poderá assistir ao Real Betis e ao Sevilla.
Tentei ir a Igreja de Madalena, mas estava fechada por causa da ciesta. Fui em um segundo dia, e embora La Madalena seja uma das igrejas mais famosas por aqui, embora bonita, a igreja esta cheia de infiltrações, meio caindo aos pedaços. Triste.
Fui ao parque Maria Luiza, que por sinal é fantástico com vários monumentos e museu. Os espanhóis adoram jardins e pátios, e sempre que possível eu ia entrando nos prédios para vê-los de pertinho.
Se você quiser ver uma tourada, a Plaza de Toros é o lugar. Se você só quiser visitar o museu e a arena, isso também é possível.
Seguindo minha obsessão pelas histórias de Cesar, eu queria ir até a Alameda Hercules, pois pelo meu guia dizia ser uma praça em homenagem a Hercules e Cesar, que fora um dia moradores ilustres de Sevilha e ajudaram a construir a cidade. A praça foi decepcionante, não tinha muita coisa além de uns pilares. E eu já estava andando há bastante tempo, então resolvi subir ate as muralhas romanas. Também achei decepcionante. Acho que a parte legal de Sevilha esta mesmo mais perto do Centro.
A vida noturna aqui é bem agitada, com bastantes opções de restaurantes e bares, e também de show de flamengo, Sevilha inclusive tem um museu sobre a história da dança flamenca e também é possível ver algumas apresentações.
Com certeza Sevilha é uma cidade bastante vibrante com opções para todos os gostos e bolsos, de fácil conexão com outras cidades Espanholas e Portugal, e vale uma visita.
Italica
Para quem tiver tempo, faça uma viagem de um dia a Italica.
Italica é uma antiga cidade romana, parcialmente escadava. Parte do exercito romano ficou estacionado aqui após uma guerra. Para quem não sabe, eu amo o período do Emperio Romano, então minhas aventuras andalucianas foram muito baseadas na Guerra Pompei x Cesar (meu personagem favorito).
Italica nao é nada além de pedras e ruinas, porém foi um dia super importante, uma das cidades mais importantes do império romano, simplificando depois de uma batalha dos Romanos liderado por Cornelious contra os caratagenos tornou-se digamos dura, Cornelious resolveu segurar seu exercito lá em Italica, o que era para ser um acampamento temporário se tornou uma cidade. O mais impressionante aqui é o anfiteatro para quase 25 mil pessoas, e lá entre seus muitos tuneis está uma placa de bronze com as regras dos combates de gladiadores, escrita por Marcus Aurelious e seu filho Cornelious (para os amantes de filmes, Cornelious é o imperador que é desafiado por Maximus, o personagem de Russell Crowe em Gladiador).
Nem tudo está preservado em Italica. Alias grande maioria não está, porém surpreendentemente muitos mosaicos feitos no chão das casas e edifícios ainda permanecem. Eles disseram por lá que muita coisa ainda esta sendo re-escavada, até vi uma moça trabalhando para impar e melhorar a qualidade dos mosaicos.
Os romanos merecem meu respeito pelo modo como construíam as cidades. A explicação de como água era drenada para as casas de banho são demais, isso porque Italica e grande parte do terreno é no topo de um morro (construído estrategicamente para a proteção da vila), calorzão, quase sem árvores. Um dos morros em volta tem uma plantação de Girassóis de perder de vista. Fantástico.
Há ônibus frequentes para Italica e é uma viagem bem curtinha.
Logo que cheguei em Sevilha entendi o porquê da ciesta espanhola. Na região de Sevilha, as temperaturas no verão variam entre 35 a 40 C durante o dia, principalmente durante a tarde. Depois de passar parte do dia andando, eu não conseguia entender como em um domingo não havia pessoas na rua. Claro, eu estava andando e derretendo, e elas estavam entocadas em casa fazendo ciesta (algo que com certeza eu faria no dia seguinte).
Sobre Sevilha, a cidade é linda e uma das maiores da Espanha! A catedral gótica é uma dasmaiores igrejas do mundo e é impressionante. Tem um órgão imenso, nada parecido com o que alguma vez eu tenha visto. E também, a região do altar é tão grandiosa que deve ter mais de 10 metros de esculturas de ouro (provavelmente todo proveniente da exploração espanhola das terras americanas. Você pode subir uma das torres, embora um pouco cansativo a vista é bem bonita. Aqui também é o lugar de descanso de Cristóvão Colombo.
Perto da catedral estão os Arquivos das Índias, com vários documentos sobre a época da comercialização (eu diria exploração) com as Américas, incluindo um diário de Colombo. Para quem lembra um pouquinho de história, os espanhóis tinham direito através do Tratado de Tordesilhas de grande parte das terras que hoje são o Brasil (central e norte) mas como eles estavam somente interessados no ouro e prata das outras regiões, deixaram aquelas terras para os nossos amigos portugueses). Nota histórica aparte, esta claro para mim para onde todo aquele ouro ia. A região de Andaluzia era à entrada de portos para essa área e o resto do mediterrâneo (estreito de Gibraltar).
Pertinho da catedral existe um palácio – o Alcazar. Digo para vocês que se eu tivesse todo o dinheiro do mundo, era esse palácio que eu compraria. Quase tudo aqui tem uma influência dos Mouros, e embora o Alcazar não tenha sido construído pelos Mouros, reflete muito o gosto dos reis da época. Tudo super detalhado, os azulejos são fantásticos, as portas de madeira e esculturas de madeira do teto são indescritíveis, e os jardins... Ah, os Jardins! Esses são infinitos e de tirar o folego. O lugar em si é grandioso.
Cheguei a Sevilha e na mesma noite a Espanha ganhou a Eurocopa, a cidade ficou em estado de festa, todos na rua cantando e celebrando juntos. Para quem gosta de futebol Sevilha é um prato cheio, por aqui você poderá assistir ao Real Betis e ao Sevilla.
Tentei ir a Igreja de Madalena, mas estava fechada por causa da ciesta. Fui em um segundo dia, e embora La Madalena seja uma das igrejas mais famosas por aqui, embora bonita, a igreja esta cheia de infiltrações, meio caindo aos pedaços. Triste.
Fui ao parque Maria Luiza, que por sinal é fantástico com vários monumentos e museu. Os espanhóis adoram jardins e pátios, e sempre que possível eu ia entrando nos prédios para vê-los de pertinho.
Se você quiser ver uma tourada, a Plaza de Toros é o lugar. Se você só quiser visitar o museu e a arena, isso também é possível.
Seguindo minha obsessão pelas histórias de Cesar, eu queria ir até a Alameda Hercules, pois pelo meu guia dizia ser uma praça em homenagem a Hercules e Cesar, que fora um dia moradores ilustres de Sevilha e ajudaram a construir a cidade. A praça foi decepcionante, não tinha muita coisa além de uns pilares. E eu já estava andando há bastante tempo, então resolvi subir ate as muralhas romanas. Também achei decepcionante. Acho que a parte legal de Sevilha esta mesmo mais perto do Centro.
A vida noturna aqui é bem agitada, com bastantes opções de restaurantes e bares, e também de show de flamengo, Sevilha inclusive tem um museu sobre a história da dança flamenca e também é possível ver algumas apresentações.
Com certeza Sevilha é uma cidade bastante vibrante com opções para todos os gostos e bolsos, de fácil conexão com outras cidades Espanholas e Portugal, e vale uma visita.
Italica
Para quem tiver tempo, faça uma viagem de um dia a Italica.
Italica é uma antiga cidade romana, parcialmente escadava. Parte do exercito romano ficou estacionado aqui após uma guerra. Para quem não sabe, eu amo o período do Emperio Romano, então minhas aventuras andalucianas foram muito baseadas na Guerra Pompei x Cesar (meu personagem favorito).
Italica nao é nada além de pedras e ruinas, porém foi um dia super importante, uma das cidades mais importantes do império romano, simplificando depois de uma batalha dos Romanos liderado por Cornelious contra os caratagenos tornou-se digamos dura, Cornelious resolveu segurar seu exercito lá em Italica, o que era para ser um acampamento temporário se tornou uma cidade. O mais impressionante aqui é o anfiteatro para quase 25 mil pessoas, e lá entre seus muitos tuneis está uma placa de bronze com as regras dos combates de gladiadores, escrita por Marcus Aurelious e seu filho Cornelious (para os amantes de filmes, Cornelious é o imperador que é desafiado por Maximus, o personagem de Russell Crowe em Gladiador).
Nem tudo está preservado em Italica. Alias grande maioria não está, porém surpreendentemente muitos mosaicos feitos no chão das casas e edifícios ainda permanecem. Eles disseram por lá que muita coisa ainda esta sendo re-escavada, até vi uma moça trabalhando para impar e melhorar a qualidade dos mosaicos.
Os romanos merecem meu respeito pelo modo como construíam as cidades. A explicação de como água era drenada para as casas de banho são demais, isso porque Italica e grande parte do terreno é no topo de um morro (construído estrategicamente para a proteção da vila), calorzão, quase sem árvores. Um dos morros em volta tem uma plantação de Girassóis de perder de vista. Fantástico.
Há ônibus frequentes para Italica e é uma viagem bem curtinha.
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